quarta-feira, 17 de março de 2010

Vai sommando bugrada

Faço uso de novo de uma reportagem do passosnews.com para escrever meu artigo. Tomo essa liberdade por ser um colaborador deste. Assim, transcrevo parte da matéria vinculada sob o título “Ruas do Penha II começam a receber asfalto”: “A Rua Tereza Lima Maia, no Bairro Penha II, é a primeira a ser asfaltada, dentro do Programa Somma 2. Na tarde desta segunda-feira (15), vários moradores acompanhavam os trabalhos da empresa Berna, que começou a colocar a capa asfáltica na referida rua.” – Fantástico. Fico imaginando como deve ser para uma pessoa que vive na terra ver sua rua sendo asfaltada. Duas falas de moradores resumem bem isso: “Romildo dos Santos, morador há 10 anos na Rua Tereza Lima Maia, falou sobre a importância da obra que irá trazer conforto, pois é uma via com muito movimento, e ‘de agora em diante vai ser possível manter o local limpo’. Para outro morador, Juliano Souza Silva, o asfaltamento é importante porque ‘valoriza as casas, além de livrar os moradores da poeira e do barro”.
Outra fala define bem como funciona a política nestes casos: “Ao discursar durante o ato de lançamento do programa de asfaltamento, o presidente da Associação de Moradores do Bairro Penha 2, Giuliano Lemos, disse que “a administração passada não calçou nem meia rua, mas o Dr. Hernani prometeu e cumpriu: está trazendo o asfalto para o nosso bairro”. Outros discursos de “bába-ovos” profissionais (esses devidamente empossados) nem vou citar, porque são dirigidos a um público bem diferente dos meus leitores, pois como estou hoje e pretendo continuar assim, somente na internet, tenho a consciência de ser lido por pessoas que não vivem sob a escuridão da ignorância e sim por outros que buscam saber um pouco mais das coisas. Ler nas entrelinhas também. Para os outros, peço a Deus que a luz, não a do poste, mas a da sabedoria, possa também atingi-los um dia, para não serem reféns de populistas baratos.

O bairro Penha II nasceu sem asfalto porque o prefeito da ocasião assim aprovou, numa época onde isso não mais acontecia em cidades do porte de Passos. Essas pessoas que viveram esse tempo todo na terra deveriam é estar “xingando” o prefeito que os condenou a passar todo esse tempo no pó e no barro. Que ainda ajudou de forma indireta aquele bairro se tornar um dos mais violentos da cidade. O que talvez não acabe só com asfalto. Aprovar um loteamento daquele tamanho sem asfalto foi um belo ato de má administração. Isso sim. Agora, para corrigir, todos nós pagaremos por isso.
Isso custará à Prefeitura (leia-se: nós todos) R$ 3,3 milhões, recursos estes que foram financiados pelo Novo Somma - programa do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Para quem não sabe o prefeito que tira os louros agora é o mesmo que aprovou o loteamento sem asfalto e que queria 36 meses de carência para este financiamento, ou seja, neste mandato não seria pago nem uma parcela. Ainda bem que desta vez a Câmara Municipal não dormiu no ponto, deu 12 de carência e 24 para pagar. Mas existe um boato de que o executivo iria recorrer ainda ao amigo judiciário. Para que fique claro, a idéia era fazer, não ser pago nem uma parcela neste mandato e depois sim começaríamos todos a pagar. Provavelmente já com IPTU mais alto ou outra coisa do gênero.Para finalizar, esse mesmo empréstimo, se não fosse os erros absurdos do passado, poderiam estar recuperando nossas avenidas que viraram uma verdadeira colcha de retalhos. Vivem de remendos mal feitos e às vezes nem isso, como nestes últimos meses. Dêem uma passadinha na Juca Stockler e outras avenidas e ruas. Mas vão bem “devagarzinho”, porque eles, os buracos, surgem a todo instante.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Caindo as máscaras


Estamos assistindo ao maior espetáculo de máscaras caindo da história de Passos. Confesso que não estou nem um pouco surpreso com estes acontecimentos. Primeiro foi o ex-vereador Alexandre Dentista aceitando ocupar uma vaga de Assessor Especial, cargo que “criticava” duramente a sua criação. Agora, bem aconchegado no cargo que tem o maior salário na administração, fica quietinho. Até mesmo diante da “dengue” que se alastra no município, pois quando era vereador fez o maior teatro numa audiência pública para tratar do assunto. Está tudo gravado, graças a Deus.
Agora vemos o ex-presidente da Amapassos, Jose Geraldo SILVEIRA, que até então, ele e seu grupo, sua associação, ONG, sei lá, eram os guardiões da moral e defensores do fim do nepotismo, nos termos que eles mesmos ditavam. Agora o “primo” do prefeito aceita não só os nepotismos velados (segundo a antiga máxima da sua Amapassos) que ocorrem na cidade, como também pegou um cargo na administração e levou um companheiro, que mesmo não sendo nada da área, serve para ocupar um cargo técnico... Quanta mudança. Parece que a reunião entre a Amapassos e a Prefeitura noticiada na imprensa meses atrás já começa a frutificar (pra eles, é óbvio).
Repito não me surpreender com nada disso, sempre achei que não passava de politicagem. Campanha eleitoral mesmo. Outras máscaras caíram mais sutilmente. Paladinos da ética que tão entusiasmadamente e de forma “independente” e apartidária, sem nunca mencionar o seu real interesse e lado, que faziam uso de espaço na imprensa para atacar outros candidatos, receberam a recompensa em forma cargos, alguns para eles, outros para os seus. Estou me referindo aqueles que se diziam neutros. Alguns o fazem até hoje. Esses na verdade são os piores, pois tentam passar um ar de isenção para pegar leitores e eleitores mais desavisados, e olha que são muitos os otários.
Fico até certo ponto aliviado, tinha medo de estar sendo leviano e maldoso no meu pensamento acerca de alguns “conterrâneos”. Por outro lado é triste, gostaria mesmo é de estar errado e humildemente me desculpar e pedir perdão a Deus por estar sendo injusto. Mas o que estamos vendo é que certos indivíduos fazem mesmo qualquer coisa por seus interesses.