quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Voto útil ou inútil?

Com certeza, todos aqueles que habitualmente me lêem não iriam esperar que eu pregasse aqui alguma espécie de voto útil. Já até revelei meu voto para presidente e não levei em consideração qualquer circunstância deste tipo.
Mas para os passenses isso vem sendo divulgado como votar em candidato da cidade, independente de caráter, capacidade ou condição para ocupar o cargo, desde que tenha chance de vencer. Simplista assim, mesmo que o pretendente não seja grande coisa. Não estou falando nada em relação à ficha suja, até porque se chegou até aqui deve ter a ficha limpa, pelos menos pela peneira desta lei. Vale lembrar também que peneira só “pega” sólido. Outro fator a ser levando em consideração é o de que o eleitor brasileiro não gosta muito de “perder o voto”, herança daquela velha mania de levar vantagem em tudo, diga-se de passagem, já um tanto em desuso numa sociedade que fala em primar pela ética. A cultura do chamado “voto útil” apoiasse no eleitor frágil, aquele que na hora de decidir o voto desconhece a essência da democracia e a sua razão. Mas temos até mesmo alguns veículos de informação criados especialmente para este fim.
Eu fico bem tranqüilo para comentar a esse respeito, até porque, como já disse, meus votos passam longe dessas coisas. Mas tanto para deputado federal quanto para estadual, acabei decidindo por candidatos de Passos, contudo, não sendo essa a única razão, nem mesmo a principal. Vários foram os critérios que adotei. Logicamente o fato de ser da nossa região teve algum peso, pois já os conhecemos. Ainda dentro desse mesmo critério poderemos posteriormente acompanhar melhor sua atuação. Mas a importância maior fica por conta de uma coisa chamada responsabilidade moral. Podemos entender isso como sendo a situação de agir consciente com relação aos atos que pratica voluntariamente, no dia a dia, dentro da profissão e nos cargos e lugares por onde passou. Vida pública e privada também.
Mas não dá para desprezarmos que uma boa parte da população de nossa cidade leva sim em conta a probabilidade de eleição de determinado candidato. Dentro desse pensamento vislumbra-se a possibilidade deste trazer recursos para o município. Desta forma, devemos fazer uma consideração que se faz pertinente. Se alguém chegou a essa conclusão, que deve votar em alguém porque este irá trazer verbas para a cidade, faz-se necessário lembrar que o mesmo, pelo menos a nível estadual com certeza, tem que estar bem afinado com o futuro governador. Confesso que aqui estou até seguindo uma mesma linha de pensamento de algo que li dias atrás num blog aí. Falava algo parecido, porém, num outro contexto e numa outra perspectiva, não sei se ainda se sustenta.Pois dessa forma, como em Passos temos 3 candidatos a deputado estadual, a coisa ficaria assim: Se chegada a hora do voto, a vitória ao governo do estado estiver com Hélio Costa, o melhor mesmo é ficar com seu parceiro Alexandre Maia (15.015). Mas se por acaso Anastasia aparecer na frente na véspera da eleição, optar entre Cássio Soares (28.888) ou Dr. José Orlando - Tuta (22.222), os dois que já ocuparam cargos no estado com Aécio/Anastásia, parece ser o mais conveniente.
Se para alguém o que vale é isso, não faz nenhum sentido deputado de oposição. Depois de tanto tempo sem, arrumar algum “enguiço” com o futuro governador, seria mais um “voto inútil” do que útil.
A Última pesquisa mostra Anastasia - 46%, Hélio Costa - 33% (Ibope - O Globo – 27/09). Dia 02 de outubro, sábado próximo, deve sair uma pesquisa fresquinha.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os ignorantes é que são felizes

Abrindo hoje minha caixa de mensagens estava lá, 11 (onze) não lidas. Destas, 6 (seis), ou seja, percentual próximo ao já alcançado pela protagonista dos assuntos, número suficiente para a eleição se decidir ainda em primeiro turno, dizia alguma coisa sobre a candidata “ptista” Dilma Rousseff. Nem preciso falar que este alguma coisa significa uma “esculhambação” ou denúncia.
Tinha de tudo, desde mensagem falando do perigo em se votar em alguém com um passado duvidoso e passagens ainda obscuras como assaltos e sequestros. Sobre a integridade e legalidade de vários atos de sua vida particular e pública. Das relações pra lá de comprometedoras com grupos terroristas e líderes latinos americanos de quinta categoria, como Chaves e o “cocaleiro” Evo Morales.
Tem até um e-mail que fala mais propriamente do seu vice, o presidente da câmara e do PMDB, deputado Michel Temer. Diz que ele seria um sacerdote do satanismo. A comprovação disso deve ser bastante difícil, pois como todos sabem, o diabo sempre esconde o rabo. Além do mais, o fato do Temer ocupar o posto número um da Câmara dos Deputados e do PMDB, não é prova inconteste de satanismo, apesar da evidência... Brincadeira... melhor aqui é usar a máxima dos carteiros: “Antes de saber se cão é manso, não entre”. Além do mais, se isso for verdade, quem deve se preocupar mesmo é a Dilma.
Tinha corrente com o nome do Jabor (Arnaldo), cineasta e crítico do PT, discorrendo sobre a falta de vergonha do nosso povo diante de tudo que se viu e se vê: “No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, 'explicáveis' demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola”. É Jabor... melhor deixar pra próxima ou faça igual ao Mainard, pois parece que vivemos um novo “Ame-o ou deixe-o”, mais velado é verdade. Ainda sobre o Mainard, recebi também um artigo seu intitulado “Dilma 1,99 Rousseff”. Esse relata a história da candidata como empresária do ramo de bugigangas no centro comercial Olaria, em Porto Alegre. A aventura empresarial durou 17 meses, mas que pelo jeito deixou o nome gravado na memória da aflilhada de Lula. O 1,99 da Dilma se chamava "Pão e Circo", por mais incrível que isso possa parecer.
Só não queria estar na pele da ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, aquela que em 2008 afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a Casa Civil (leia-se Dilma Rousseff) favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. Nossa... a moça também deve estar de passagem comprada para fora do país e não pode ser por qualquer companhia aérea. Pelo que vimos nesta última semana, a Casa Civil, ocupada primeiro por José Dirceu (caiu – escândalo do mensalão) e por último por Erenice Guerra (caiu - filhinho lobista), é um lugar especial.
Entre um e outro tivemos ninguém menos que Dilma Rousseff, que ao contrário dos mesmos, pelo caso citado há pouco foi promovida. Realmente a Casa Civil é um lugar de “Grandes Negócios”. Bem do ladinho da sala do presidente, que logicamente não viu nada.
Mas aí eu fico realmente me perguntando: Porque me mandam tanta coisa a respeito desse assunto? Em Eclesiastes 1:18 está escrito: “Pois quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto”. Dessa forma posso entender a agonia de alguns em relação à eleição presidencial que se aproxima, como é o caso do extraordinário Jornalista Reinaldo Azevedo, por exemplo, além dos já citados Diogo Mainard e Arnaldo Jabor.
O povão, ignorante de boa parte da história da virtual presidenta, nada sente. Muito pelo contrário, acham que ela é uma coitada, “quase foi freira”, como o debochado título de um dos e-mails a seu respeito. Realmente, os ignorantes é que são felizes, e pelo jeito, maioria também.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Liberdade ainda que tardia

Fingindo se tratar de ideologia política, o PT e seus aliados buscam através do populismo do Lula tirar o foco das disputas estaduais e fazer a figura do presidente se sobrepor a dos próprios candidatos. Refiro-me a “uma tal” ideologia que os membros do Partido dos Trabalhadores (o nome, outra prepotência) tomaram para si. Quando ainda eram os baluartes da ética, fingindo ser o refúgio da moral, faziam disso seu discurso mais eloquente. Como hoje vemos essa falácia se dissolver, pois ora os vemos envolvidos nos mais fortes e nebulosos esquemas, ora negando sua própria origem, desviam e até zombam do assunto. Agora o PT nos mostra a sua face mais cruel, do maquiavélico fim justificando os meios. São várias alianças escusas visando o bem maior para eles, a continuidade no poder. Isso tudo sustentado unicamente pela figura extremamente envolvente de Luís Inácio Lula da Silva, o filho do Brasil.
Faço esse preâmbulo para adentrar no assunto que para mim marca essa eleição no nosso Estado. Fica evidente a tentativa de imposição e intervenção na vontade do nosso povo. Mas quero ressaltar que não se trata de uma gente qualquer, mas sim daqueles que são reconhecidamente da terra onde se respira a palavra liberdade. Falo do povo das Minas Gerais. Não por acaso esse Estado é chamado de o berço da liberdade. É a terra dos inconfidentes. Lugar onde a palavra liberdade tem significado maior até mesmo que o próprio “Aurélio” lhe ofereceu: “poder de fazer, deixar de fazer ou escolher, segundo a própria determinação... situação ou estado do homem livre...”. Minas respira por entre montanhas a liberdade que vem do seu passado e que tenta manter no presente.
Apesar das críticas de alguns estudiosos, a frase “Liberdade ainda que tardia” é uma tradução usual para a famosa “Libertas Quæ Sera Tamen”, estampada na nossa bandeira, herdada do que foi sugerido pelos inconfidentes para marcar o estandarte da república que eles idealizavam, ainda no século XVIII. Cabe a nós agora, decidirmos sem medo e sem coação pelos nossos próprios modos interpretativos, sem a declarada intervenção daqueles que muito pouco sabem da nossa história. De um lado um candidato que por ter passado tanto tempo fora, parece ter esquecido a nossa história. Do outro, o seu protetor, como é conhecimento geral, faltou a essa e outras aulas.
Quando uma das coligações na disputa do governo do nosso Estado, vendo a estagnação dos seus números, recorre a interferência descarada de “um padrinho” de fora como tábua de salvação, parece renegar a própria essência de Minas Gerais. Procurar fora do Estado e dos próprios candidatos os motivos para sua eleição é o mesmo que atestar sua própria impotência e incompetência em nos mostrar que tem valor para estar à frente do nosso destino.
Numa alusão ao formato do nosso mapa, espero mesmo que Minas continue a ser dona do seu próprio nariz.