sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cássio “Baltazar de Freitas”

Lanço mão de parte da introdução de um artigo que escrevi algum tempo atrás intitulado “Síndrome de Cóssimo” para começar esse novo texto. ... “A psicologia e a psiquiatria costumam dar nomes de pessoas para algumas síndromes (conjunto de sintomas que se apresentam numa doença e que a caracterizam)... ex-deputado e “atual vice-prefeito”, Cóssimo Baltazar de Freitas... quando... esteve na assembléia legislativa mineira,... foi difamado por um ato que teria praticado contra a sua própria classe, os professores. Foi disseminado que o então deputado teria votado contra um aumento salarial destes. A “estória” que circulou e ainda rola de vez em quando é de que ele optou por um reajuste menor ante outra proposta maior... Quem conhece um pouquinho o funcionamento legislativo sabe que isto não funciona desta maneira. Mas politicamente o que ficou foi que o professor Cóssimo votou contra a sua classe, fator decisivo para sua não reeleição e consequente fim (até então) da representação política de Passos na Assembléia Legislativa mineira”.
Corre agora na cidade um manifesto similar ao daquela época contra o jovem deputado passense Cássio Soares ante a sua posição em relação às reivindicações dos professores em greve no Estado. Diferentemente de Cóssimo, Cássio não é professor, e apesar disso poder ser uma atenuante, não é visto como excludente de responsabilidade por seus adversários.
Com o advento das redes sociais e um diferente nível de comunicação que o deputado Cássio tão bem utiliza, inclusive dispondo de aparato infinitamente superior que nosso último representante na ALEMG no que tange a assessoria, não ficou inerte ao acontecido e foi ter de frente com os professores estaduais de nossa cidade, isso também uma novidade.
Ninguém aqui é ingênuo de pensar que o Deputado Cássio Soares irá atuar contra os interesses do Governo do Estado, do qual é aliado e de onde realmente surgiu para a política a nível estadual. Querer uma postura dessas é no mínimo hipocrisia, isso pra não dizermos má fé. Num caso desses a postura dos líderes grevistas em relação ao mesmo necessitaria ser outra.O que eles deveriam fazer é aproveitar da reconhecida facilidade de tramite que o deputado tem ao governador para sensibilizá-lo e ser até mesmo uma espécie de porta voz dos educadores. Mas será que isso seria bem visto por aqueles que vêem na greve bem mais que a possibilidade de aumento para os professores?
Não podemos nos esquecer que uma greve dessas, apesar de legítima, é para alguns um ótimo palanque, além da possibilidade de minar alguns adversários. Alguns líderes, principalmente petistas, são verdadeiros oportunistas nestes momentos, pois se calam frente às greves no âmbito federal (que estão acontecendo neste momento aos montes, mas sem muita divulgação) e descarregam suas forças nas dos estados que estão na oposição, como o caso de Minas. Nos municípios que são “parceiros” então, nem se fala.
Devemos ficar atentos as ações do nosso representante na Assembleia Legislativa de MG sim, esse é um dever do eleitor, mas carecemos também cuidar para que não sejamos usados por espertos políticos “dois pesos e duas medidas” que aproveitam desse tipo de situação. Já são assim quando o assunto envolve corrupção, perseguição e etc., pois fecham os olhos e até tiram uma casquinha onde estão no governo e apontam o “dedo em riste” na oposição. Verdadeiros oportunistas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O próximo, por favor...

Fato recorrente nestes primeiros nove meses de governo da presidenta Dilma é a troca de ministros envoltos em algum tipo de irregularidade. O que poderia ser visto com bons olhos, pois providências estariam sendo tomadas para coibir a corrupção, pela fala da “chefa” de governo não é bem assim. Sempre preocupada em manter a base fisiologista, Dilma evita ao máximo qualquer vinculação com algo que pareça ser uma limpeza. A palavra “faxina” então... lhe causa arrepios.
A preocupação em não vincular as saídas de ministros com irregularidades é no mínimo estranha. A fala sempre no sentido de que foram eles que pediram demissão chega a ser patético. Por que o governo abre mão de algo que, com certeza seria muito bem visto pela população, como a destituição de quem comete esses atos que estamos reiteradamente vendo? Acho que sai mais barato para o governo comprar a opinião pública do que brigar com seus comparsas, quer dizer, companheiros.
Durante o velório de Itamar Franco, numa foto histórica, vemos o aliado do palácio do planalto Fernando Collor bem ao lado de um dos seus algozes, o líder dos “caras pintadas” Lindemberg Farias, hoje também senador. No senado, juntos na base de sustentação do governo, será que o ex presidente da UNE já pediu desculpas a Collor? Deixando a inocência da época da recém reinaugurada democracia no início dos anos 90, sabemos que Collor, perto do que vemos hoje, não passava de um delinquente juvenil.
Mas estranho mesmo é ver a postura dos jovens doutrinados petistas frente a qualquer denúncia que recai sobre os atos desse governo. Tudo não passa sempre de perseguição para eles. Coisa de uma imprensa golpista. A mesma que quando bem paga lhes serve e muito. Usando de um discurso ensaiado se trancam dentro de uma ideologia barata que lhes é repassada. Alguns no primeiro amor, que às vezes cega, outros por enxergar nessa militância uma rápida forma de ascensão, senão financeira, quiçá política, estes acabam agindo como aqueles pequenos peixes que vivem colados aos tubarões, se alimentando da sobra dos ferozes predadores. Mesmo abominando alguns de seus parceiros, vivem numa espécie de “mutualismo obrigatório” com aqueles que sempre criticaram.
Outra curiosidade acerca dessa postura vem da opinião que os mesmos têm sobre algumas questões, como por exemplo, as greves. Se forem contra seus opositores essas são justas e fruto da necessidade, o que geralmente é verdade, como no caso dos professores de Minas Gerais. Mas se são em órgãos federais ou em governos aliados, se trata de politicagem, assim como a cobertura que se dá as mesmas. Atualmente é assim que eles conseguem enxergar. Mas quanto a isso é totalmente compreensível, pois alguns estão vedados e outros fazendo uso de “tapas”.