sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Uma noiva para Dilma

“A maioria do PMDB se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral”. “O PMDB não pode ‘dar’ pra quem paga mais”. Antes que algum “Manda Brasa” me xingue, vou adiantando que essas frases são, respectivamente, de Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, duas reservas moral do senado brasileiro. Esses “Pmdbistas” históricos, duas lendas vivas, são ainda fundadores do antigo MDB, mas como podem notar, parece que estão bem descrentes com o que está se tornando o maior partido político do país.
Quando digo maior estou logicamente me referindo aos números e não à postura atual implantada pelos líderes Michel Temer e José Sarney e que deve se repetir no próximo ano, a de ser apenas coadjuvante no maior espetáculo político da nação, as eleições presidenciais. O PMDB, dono da maior bancada no congresso e que detém o comando tanto no senado quanto na câmara com os líderes citados, é ainda aquele que tem o maior número de prefeitos e vereadores, isso, espalhado pelos quatro cantos do país. Pelo Brasil afora, como bem podemos perceber aqui, sua militância vota e trabalha unida, mesmo sabendo um monte de inconvenientes verdades sobre os seus. Ali, em nome da unidade, não raramente se engolem grandes diferenças, algumas históricas e até difícil de acreditar, onde algumas partes abrem mão até mesmo de sua ética. Com raríssimas deserções que ocorrem de vez em quando, sempre se passa um ‘errorex’ (é isso mesmo, não é uma borracha, pois essa apaga, ‘errorex’ camufla, cria uma casca superficial) e “vamos que vamos”, bem ao estilo de Maquiavel, onde os “fins justificam os meios”. Sabem muito bem que somente juntos são fortes, pois sozinhos, como também facilmente podemos constatar sem precisarmos sair da nossa cidade, nunca chegaram a lugar algum, pois bem que tentaram, mas sempre sem sucesso. A essa disposição alguns chamam de partidarismo, outros de fidelidade, mas na verdade, o nome é fisiologismo (ações políticas e decisões tomadas em troca de favores).
Pela militância, diante desta grandeza de tamanho e da pouca nobreza de espírito, o PMDB se torna o predileto do Planalto para compor a chapa em 2010, o vice dos sonhos, a “noiva” perfeita para Dilma. Na verdade, para o PSDB também já foi um dia (ou será que ainda é?). Para o PT o raciocínio é simples, o PMDB não é tão caro que não se possa comprar, nem tão barato que outro possa pagar, ainda mais estando esse outro fora do poder. Outra fala de Simon pode exemplificar bem isso: “Nada mais igual que o PSDB de Fernando Henrique que o PT do Lula no governo”. Se tiver tempo, sugiro uma lida no artigo que escrevi em março de 2008: “PT e PSDB, dois lados de uma mesma moeda”, está no Arquivo do Blog.
Antes que eu me esqueça, o PMDB decidiu não punir Jarbas Vasconcelos pelas declarações que deu à revista "Veja". Essa que citei no início, de que o partido é corrupto. De acordo com nota da Executiva Nacional, “o PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações”. O fato é que deve ser complicado punir alguém por dizer a verdade, mas para o alívio da direção do partido, ele completou dizendo que “a corrupção está impregnada em todos os partidos”, no que a gente concorda em gênero, número e grau com o senador pernambucano. Obviamente guardado as devidas proporções que seguem o tamanho que a legenda alcança, pois quanto maior, maior é também o poder de barganha.
Para finalizar, gostaria de lembrar que alianças regionais e municipais, impensadas há pouquíssimo tempo atrás ante as acusações mútuas e trocas de farpas até então constantes e com os mesmos personagens, fazem parte desse jogo aí, ou vocês pensam que é tudo uma coincidência sem nexo algum? O que vimos por aqui se repetiu em vários lugares e faz parte de uma estratégia maior, com a ordem vindo de cima. Isto, sem os “complicados” que sempre se opuseram, mas que seguiram para o PSOL, tudo ficou mais fácil. Aqueles que ficaram com o PT, digamos, são mais facilmente seduzidos pelo poder e mais propensos a uma boa troca de favores. Aos leitores eleitores que talvez não tenham se dado conta disso tudo e que pela primeira vez estejam sendo apresentados a isto, peço desculpas por ser portador de tais notícias e também por comunicá-los que vocês são apenas um detalhe do jogo. Mas vocês podem estar pensando que, como donos do voto, são quem realmente decidem. Com relação a isso, diante da farra das concessões de rádio e TV num cenário macro, e com a manipulação da pequena imprensa na parte doméstica da coisa, fica fácil. Mas isso é uma longa história e a gente escreve mais depois.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eleições Municipais - Legislativo

Dias atrás fui cobrado sobre minha opinião a respeito da eleição da Câmara Municipal, e só aí me dei conta que não tinha feito isso, ou melhor, não havia escrito a respeito. Assim, com 4 meses de atraso resolvi fazer o registro da minha opinião sobre resultado do pleito para o legislativo passense. Talvez seja o subconsciente atuando, também, depois de 4 décadas participando das eleições no legislativo com meu pai como candidato, é normal que nem queiramos ouvir falar... Brincadeira... Pensei comigo, mas falar o quê? Será que tem alguma coisa ainda para dizer a respeito do resultado que todos já não estão cansados de saber e escutar? Desta forma, fui aos números. Frios e cruéis, por trás deles muito se esconde. Algumas meias verdades noticiadas, que não passam de sutis mentiras, tentam encobrir o que realmente aconteceu.
Foi noticiado que a Câmara Municipal de Passos sofreu uma renovação de 54,5%, com 5 reconduções e 6 novos vereadores. Pode ser, mas essa análise é muito simplista, algumas outras mais importantes e interessantes foram propositalmente camufladas. Na verdade, a renovação, no que tange a vontade do eleitor não foi como se pregava por aí. Falava-se até em renovação total do legislativo passense, isso antes do pleito, como se a população de Passos renegasse a sua Câmara Municipal, e não foi bem isso que vimos. Se levarmos em conta que somente 8 se candidataram a reeleição, e que o Hilton Silva individualmente obteve votação pra lá de suficiente para se reeleger, temos na verdade que somente 2 foram excluídos dessa vez. Lembro de uma eleição onde 11 tentaram e só 2 voltaram.
Outra coisa pouco noticiada é que dos 3 que não tentaram a reeleição, Renatinho Ourives, Alexandre Dentista e Waldemar Ribeiro, esse último declarou de forma aberta seu apoio para o então candidato Dentinho, que também foi eleito. Assim, aquela “história” de que o desgaste do legislativo era enorme foi desmentida nas urnas. Mais uma prova de que aquele veículo de comunicação que nunca elegeu um vereador sequer, ao contrário das rádios da cidade, não acerta e nem tem credibilidade alguma.
Outro fato merecedor de registro é a força dos candidatos ligados ao setor ruralista, quase sempre fazendo uma bancada maior que a dos próprios partidos políticos. Nesta nova legislatura podemos contabilizar 5 os ligados diretamente ao meio rural. Registro importante também são duas voltas bastante comemoradas. A primeira é da mulher, que volta a ter representatividade com a eleição de Tia Cenira, que representa ainda a educação, coincidentemente como a última, a minha amiga Marli. O outro retorno é de Edmilson Amparado, tecnicamente brilhante como vereador, mas como podemos notar logo no começo da atual legislatura, continua com grandes dificuldades no que quesito relacionamento com os demais “edis”, o que lhe custa a tão sonhada presidência, pois competência para isso todos sabem que tem.
Assim, cumprindo o que me foi cobrado, espero ter apresentado algum novo e interessante foco que talvez possa ter passado despercebido ou que alguns não tenham o menor interesse em noticiar. Por exemplo, a reeleição do Chaparral e do Dr. Cláudio, presidente e vice na atual legislatura, tão perseguidos em todo ano passado por parte da imprensa, mostra que a falta de credibilidade para construir dessa, também existe quando a idéia é a de destruir.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A nova onda

Hoje em dia vem ocorrendo uma grande transferência de profissionais da área da imprensa de papel para a nossa “quase democrática” internet. Junto desta, e isso sim é motivo de muita comemoração, vem o melhor da notícia, a migração desses profissionais vem acompanhada de outra, a dos leitores. O Brasil, como todos já sabem, está totalmente ligado à grande rede, com números que falam em quase 50 milhões. E por falar em números, os últimos dão conta ainda que a circulação dos grandes jornais, acompanhados das revistas semanais, está congelada já há algum tempo. Notícia coletada na internet e com pouca divulgação fora dela, é óbvio, aponta que ex-gigantes Folha de São Paulo, O Globo e Estadão, que há alguns anos atrás chegaram a vender mais de 1 milhão de exemplares aos domingos, pasmem, hoje estão estabilizados na casa dos 300 mil. A Veja, revista de maior circulação no país estacionou há muito tempo em 1 milhão de revistas por semana, isto entre assinantes e venda nas bancas.
No caso do jornal escrito, além do atraso de um dia nas notícias, o que hoje é muito ante a velocidade das informações, pois a maioria delas já vimos na “net” ou nos jornais televisivos na noite anterior, temos ainda a baixa qualidade editorial e a fácil percepção da tentativa de manipulação que estes apresentam. Os pequenos, interioranos, onde a qualidade é ainda menor e a quase inocente presunção de independência que tentam passar, não convence mais ninguém, pois a verdade no interior é muito mais fácil ainda de ser identificada, e desta forma, assistem seus números despencarem a cada dia. E se ainda sobrevivem é graças às benesses de políticos e governos, além da quase escravidão que impõe a seus temerosos empregados.
Sem medo de errar, é fácil apontar outro fator decisivo em favor da mídia eletrônica, estou falando da possibilidade de interação imediata. Esse “intercâmbio” entre internauta e a fonte possibilita uma resposta rápida e sem intermediários, assim, bem ao estilo do novo século, pois agora todos querem participar e não ser somente um espectador. Enquanto lá no nosso medieval jornal de papel, que já embrulhou muita carne no açougue, limpou vidro de carro e era vendido a quilo depois de usado, hoje se respira por ajuda de aparelhos, por sinal, públicos, como frisei anteriormente.
Contudo, nada impede que os coronéis (alguns com título herdado no matrimônio) da mídia escrita consigam se estabelecer ante a essa nova realidade. Basta que acompanhem o progresso e retirem o “tapa” dos olhos e se libertem das correntes que os prendem nesse modelo corrupto que envolve financiamento político da mídia. O abandono das perseguições baixas e rasteiras, de fácil percepção pelo leitor, que hoje é muito mais seletivo e preparado, além da retomada dos ideais de outrora, que era fazer chegar a informação ao maior número de pessoas e com credibilidade, seria um importante primeiro passo. Contudo, como já está ocorrendo pelo país afora e aqui também, terão que aprender a dividir espaço até mesmo com a gente, os “blogueiros”, que pelas últimas inserções da velha e caduca mídia, estamos incomodando, e muito.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Curta(s)

São três os chamados “termômetros” da nova administração: Dr. Edvar Andrade, Toninho Pastor e Issa Farah. È fácil entender por que. Nenhum dos três necessita financeiramente dos cargos que estão ocupando, então, a presença dos mesmos tem apenas o caráter de ajudar, ou melhor, trabalhar. Assim sendo, a saída prematura desses se porventura vier a ocorrer, poderá ser entendida como um mal pressagio.
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Acreditou-se que ele iria governar também. Ele mesmo andou falando que fulanos e cicranos ficariam de fora dessa gestão. Sua presença sempre foi tida como um bom sinal. Dava aos discursos de campanha um tom sério e respeitoso, pois seu nome sempre foi sinônimo de honestidade e trabalho. Mas agora andam falando por aí que ficou a ver navios. Parece que desta vez renunciaram por ele. “Vige”... e mais nada.
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Batmam e Robin, ou melhor, rapazes bomba, realmente ficaram de fora. Apesar de toda exposição e por que não dizer, coragem mesmo, quando saíram atirando e denunciando logo após deixarem o governo passado, não emplacaram a tão sonhada volta por cima como secretários. Mamata agora só a padaria mesmo.
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Afinal de contas, o Paulinho da Reintegrar aliou-se a nova administração ou faz parte da oposição? Ainda não deu para avaliar totalmente, mas tudo leva a crer que está afinado mesmo é com a situação, pois foi assim na eleição da mesa da Câmara. Direito dele, elegeu-se por méritos próprios e pronto... Mas se fossem outros, digamos, menos café com leite, com certeza estariam sendo tratados de outra forma pela imprensa. Mais um clássico caso de dois pesos e suas medidas, o que é muito normal por aqui.
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Essa é pra meu amigo-irmão Dentinho: Não aceite mesmo nenhum rótulo associativo com qualquer vereador de oposição do mandato passado. Aja de acordo com seus princípios que Deus vai continuar te abençoando. Colabore com a administração no que for preciso, principalmente facilitando os projetos de interesse da população e fiscalizando muito, mas sempre no sentido de melhorar as ações. Não faça como aqueles vereadores que viviam o tempo todo apenas querendo prejudicar, visando somente a eleição. Agora estão aí, pedindo calma, tempo para trabalhar e etc. Mostre o que a gente já sabe, que você é um rapaz honesto.
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Quem esteve na Câmara no encontro das professoras garante que foi o maior ti...ti...ti quando anunciaram um tal “Assessor Especial”. O fato é que muita gente ali acompanhava os noticiários e até mesmo as seções da Câmara, e sabem muito bem o quanto o moço esperneava e era contra a criação dos cargos de assessores especiais. Aos poucos a mentira, que todo mundo sabe ter perna curta, mas que as vezes anda correndo, vai sendo desmascarada.
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Essas duas são pra mostrar força e fazer a gente acreditar que não é só o Ataíde que tinha força junto às esferas estaduais e federais:
1ª - Construção do trevo da Rodovia “Nascentes das Gerais”, na entrada da Av. Arlindo Figueiredo. Afinal de contas, o pedágio já está funcionando e nada. Ali é um verdadeiro perigo. Se comparado com a rodoviária, por exemplo, é quase nada.
2ª - Manutenção da Polícia Federal pelo menos nos moldes de como vinha funcionando, pois será uma grande perda para a cidade se realmente acabar. Se a gente se lembrar do Fórum. Ah, desculpem, esse não, esse veio sozinho!!!
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Fiquei arrepiado de saber que agora o “jornaleco” adultera os artigos que lhe são enviados, só faltava essa pra completar o baixo nível daquele tablóide.
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Por falar nele (o jornaleco) parece que já acertaram os ponteiros com a Pça. do Rosário. Essa semana a “rasgação” de seda foi vergonhosa, já deve ter saído o primeiro pagamento. Uma vergonha, mas falar em vergonha pra quem nunca teve é piada.
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Obs.: Não curti escrever assim, na verdade achei meio pobre a narrativa, prometo melhorar, isso está perecendo aquele... Vocês sabem... Se tivesse um quadro aí acima “bajulando” algum deputado da região teria ficado igualzinho. Quer dizer, igualzinho era o ano passado.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Fechando a conta

Já tinha dado por encerrado os comentários sobre as nomeações do novo governo municipal quando um amigo me perguntou se eu sabia qual foi o partido, depois do PMDB é lógico, que mais indicou gente para a composição da nova administração. Levando a pergunta a sério me coloquei pensando, fui fazer as contas, noves fora o PP que não levou praticamente nada, pelo menos nos cargos no 1º escalão, quando eu chegava à conclusão de que ficaram mais ou menos igual as migalhas atiradas aos demais pombos, quer dizer, partidos coligados, eis que meu amigo me interrompe já com a resposta pronta. Na verdade a pergunta não passava de uma brincadeira, sua resposta para a própria pergunta era de que foi o PF que mais indicou. Não é prato feito ou Polícia Federal “bugrada”, segundo ele, PF é Partido da Folha, referindo-se a Folha da Manhã, em alusão a nomeação de um colunista e um dos seus articulistas, além da irmã do dono do jornal, o senhor Carlos Parreira.
Como já salientou em seu primeiro artigo depois de nomeado funcionário público, meu amigo Issa Farah, articulista da Folha, diga-se de passagem, a gente mais troca e-mails que propriamente se encontra nesta correria da vida, adiantou que sempre se considerou um assessor de Hernani, e também já aproveitou para pedir um tempo para as eventuais cobranças que já pipocam por aí, até na saúde. Conhecendo o Issa, tenho certeza de que ele tem algum projeto a realizar, caso contrário não haveria motivos para aceitar essa nomeação. Lembro do meu pai brincando com ele quando dizia: “O que o Noé Faria, o Fayes não fez, o Issa Farah”. Tomara que sim, tem potencial e o “Juninho” com certeza vai cobrar. O Issa sempre se lembra de mandar mensagens de esperança e fé pra gente, assim deixo meu “boa sorte” e que Deus esteja com ele nessa nova empreitada.
Outra indicação que não chega a causar nenhum espanto foi a do colunista César Tadeu Elias, que eu já havia adiantado que poderia ser utilizado na administração Hernani. César é a versão da “Ardeia” do irreverente José Simão, o Macaco Simão, colunista da Folha de São Paulo. Pra quem não conhece, Zé Simão é autor de frases celebres, como: “No Brasil nem a esquerda é direita”. Além de apelidos que pegaram em cheio, como o de “picolé de chuchu”, para Geraldo Alckmin. Mas voltemos ao nosso colunista mais picante, que sempre bombardeou o ex-prefeito e sua esposa, chegando a anunciar que este deixaria o cargo antes dos 150 anos de Passos. Nem sempre se acerta em cheio as previsões, mas que saiu, saiu, assim diria César Tadeu, sem perder a pose e seu bom humor. Fica apenas uma tristeza, pois muito provavelmente não teremos mais suas picadas mordazes e bem humoradas em relação a administração, como aquela logo depois da eleição, quando Hernani ainda formava seu grupo e o César pediu a alguns em especial para deixarem o prefeito trabalhar, numa alusão clara que deveriam ficar de fora. Além de estarem de dentro, são todos seus companheiros agora. Tomando emprestado o jargão mais famoso do colunista ora levado ou elevado a servidor público, “existe coisas que só acontece em Passos, Londres e Sucupira”. Para falar a verdade, acho que é só em Passos mesmo, pois em Londres têm tantos tablóides que não teria como acomodar todos. Já em Sucupira, nem mesmo o seu eterno prefeito, Coronel Odorico Paraguaçu, teria tamanha astúcia na mordaça.
Como seres humanos que somos, é impossível não nos deixarmos contagiar pelo meio e tudo que nos cerca. Nós somos o que vemos, o que ouvimos, o que lemos, a somatória de tudo que está ao nosso redor, isso é muito natural. Por isso cobro sempre dos meus alunos muita leitura e diversificada, para diminuir a influência das fontes, nos tornando mais preparados. Dessa forma e só por isso, é uma pena a ida do César Tadeu Elias para a administração pública, pois deixa comprometida a credibilidade de algumas críticas vinculadas e provavelmente compromete os elogios que por ventura sejam feitos no futuro. A ele também desejamos sucesso e é sempre bom para todo crítico conhecer melhor o outro lado.
Sobre a terceira indicação vinculada à Folha pelo meu amigo, confesso a vocês que desconheço a pessoa para fazer qualquer análise a respeito, mas com certeza o tempo irá dizer qual o verdadeiro intuito, se profissional ou se a nomeação da irmã do dono do jornal é apenas mais um caso de boa vizinhança com a imprensa. Imprensa essa que emplacou mais um, mas esse não é da Folha, mais sim daquele outro jornal que apareceu durante a campanha e que também se notabilizou por descer o pau no ex-prefeito Ataíde. Fomos informados que o jornalista responsável também já faz parte do quadro de funcionários da Prefeitura de Passos, trata-se de Cássio Cagliari.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Como capturar porcos selvagens

Você sabe como capturar porcos selvagens? Mesmo que já conheçam essa história, convoco-os a uma breve, mas importante reflexão a respeito.
“Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, um professor notou um jovem de intercâmbio que continuamente mexia e se esticava como se as costas doessem. O professor perguntou qual era o problema. Ele respondeu que tinha uma bala alojada, pois tinha sido alvejado enquanto lutava no seu país de origem, numa destas lutas e batalhas contra ou a favor de determinado regime. No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: O senhor sabe como se capturam porcos selvagens? O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. Para a sua surpresa o jovem começou a narrar uma história: Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só em um lado. Eles dão a volta, se acostumam com a cerca e voltam a comer o milho. Aí você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo. Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão. O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, estatutos de proteção, cotas para estes e aqueles, subsídios, programas, sempre e sempre novas leis, etc., tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha”.(autor desconhecido)
Diante dessa história não há como deixarmos de fazer algumas considerações. Lembrar ainda que não existe esse negócio de “grátis”, gratuidade, isenção... Quando vocês virem alguém falar isso, entendam que tem alguém pagando a mais, subsidiando outros. A tal “bolsa isso, bolsa aquilo” está saindo do seu bolso também, o resto é tudo “historinha pra boi dormir”. Outra balela é querer fazer crer que é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse. Já a fábula da terceirização é um insulto à inteligência humana e um olé na lei. Outra piada é o financiamento público de ONGs, associações disso e daquilo, alguns subsídios e dinheiro para cooperativas que estão tão bem que financiam até campanha política. Tudo mal explicado, uma séria afronta ao futuro da democracia. Isso para não dizer no exagero de propagandas oficiais nos meios de comunicação. Manipulação de massa. Lembro daquela música: “Eh!!! Vida de gado, povo marcado, mas povo feliz”. Não espere ouvir o som da porteira batendo para você se dar conta do que está acontecendo.
Para encerrar, gostaria de dizer que votei no Lula, para ser sincero, algumas vezes. Acho também que a plástica da Dilma Roussef, ao contrário de alguns comentários que li, ficou legal. O fato de ser mineira me agrada e a história de luta de Stella, Luísa e Vanda, seus codinomes da época da ditadura, também me emociona. A Ministra Dilma, chamada também de José Dirceu de saias, que um dia trocou o PDT e o “Brizolismo” pelo PT, tem sim biografia para disputar uma eleição presidencial. Mas não me venham com esse papinho de petista do baixo clero sobre terceiro mandato, ou ainda querer nos fazer engolir que estão dando alguma coisa de graça, bancando os mocinhos, que já estamos crescidos demais para acreditar nisso. O Brasil tem que ser exemplo para os demais países latino americanos e não copiar seus malfadados projetos políticos e a falsa democracia que vemos nos aliados do nosso presidente. O curral eleitoral de antigamente em quase nada se difere da cerca que se constrói hoje.