sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Período Sabático

Tenho 144 artigos neste blog ... todos escritos por mim em algum momento dos últimos 7 ou 8 anos ... eles representavam o momento e o meu pensamento naquele instante ... posso ter mudado de opinião sobre algum deles, mas com certeza muitos ainda representam o que ainda penso ... neste ano de 2012 pretendo não escrever e sim ler e estudar muito ... leia o artigo abaixo que poderá entender melhor essa decisão ... abraço e até qualquer dia ...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Te encontro pelo mundo

“Nós devemos ser a mudança que queremos ver” (frase atribuída a Mahatma Gandhi)

Há um bom tempo penso em fazer algumas mudanças na minha vida, nada tão extraordinário, pois faço isso amiúde, me analiso constantemente e sou signatário da ideia de Raul com o seu “prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”,mas no momento estou em busca de algo que me traga paz, ou mais paz, sei lá.
O natal atrelado ao ano novo já nos deixa inclinados para essas coisas, mas no meu caso isso chega junto com a troca de idade, outro fator que sempre nos leva a reflexões mais profundas.
Posso dizer que tenho experiência nesta coisa de mudança de vida. Das que convém serem ditas, lembro que fui fumante por 15 anos e já têm 18 que parei. De beber, apesar de considerar que nunca fui um contumaz bebedor (ninguém admite isso mesmo), já se vão 5 bons anos sem álcool. Não acredito em horóscopo, mas dizem que os “capricornianos” são ávidos por mudança, pois é o signo que compreende a passagem de ano. E a principal de todas as mudanças na minha vida e a mais importante, minha conversão. Render-me a Palavra de Deus foi algo realmente edificante e que me sustenta.
Feito essa introdução toda passo a narrar sobre as reflexões e as consequentes decisões que destas tirei. Já tenho algo em torno de 150 artigos escritos acerca de diversos assuntos, divulgados por aí em alguns veículos de imprensa, mas a maioria no meu Blog mesmo (www.waldemarjunior.blogspot.com). Escrevi sempre com muita intensidade e pautado na minha verdade, que está longe de ser absoluta, não tenho essa pretensão toda, mas nunca coloquei uma linha que não acreditasse. No meu artigo “Contrapor”, escrito em julho de 2007, quando participava de um curso de Filosofia em BH, dizia da minha vontade de não querer ser o dono da verdade, de tentar impor ideias, mas sim trazer à discussão algumas questões e assuntos que são apresentados somente sob um prisma, com forte influência dos chamados donos da agenda, leia-se, parte da mídia que se julga no direito de moldar imagens e dar conceitos que nem mesmo eles têm.
Falava ainda que alguns, tentando passar uma imagem de neutralidade, tendo lado e interesse que sempre vem à tona mais tarde, muitas vezes o encobrem justamente para fazerem uma apropriação daquilo que chamam e tentam passar como “verdade”, mas que de fato visa a atender apenas seus interesses privados, especialmente os financeiros. Não estava sendo profeta, mas podemos ver como se concretizou tais fatos no pós eleição de 2008. Diante dessa primeira análise já adianto que este artigo é o último que escrevo antes da eleição municipal do ano que vem. Na verdade quero mesmo é ficar sem escrever durante todo ano de 2012. Continuar passaria a ser uma triste retórica, podendo ser visto como de intuito eleitoreiro, oportunista e sem o devido sentido de fazê-lo, que é buscar a discussão visando mudança dos fatos e não somente de pessoas, pois essa última deve ser democrática e vinda de uma decisão livre de interferência vinda da maioria dos cidadãos de um determinado lugar, neste caso, uma cidade. Longe daquilo que presenciamos há 3 anos, onde parte interessada da imprensa ($), Ministério Público (?) e outros ($ e ?) captaram espaços e mentes e tiveram papel infinitamente superior ao que honestamente deveriam ter tido, algo muito mais pessoal que propriamente profissional. Não que não tenha virado profissional depois, isso também aconteceu. Nego-me a fazer algo deste tipo, mesmo sabendo que meu alcance é muito menor, mas estaria me violentando e me equiparando ao que tanto abominei.
Digamos que em 2012 estarei curtindo um período sabático (que significa repouso, parada, descanso. Sua principal finalidade é a reavaliação da vida pessoal ou profissional. Não importa a sua duração (neste caso 12 meses no mínimo). É uma boa ferramenta para identificar as nossas forças e potencialidades, para avaliar em que condições respondemos melhor na vida e em que circunstâncias reagimos mal. Entrar nesse período, envolve um olhar retrospectivo para as nossas competências, fragilidades e potencialidades que ainda não foram mapeadas - franciscanos.org).

Neste contexto incluo também meu “face” e os mais de 1500 “amigos” que tenho por lá, assim, me despeço com um até qualquer dia, pois esse também não virará o ano. Para os íntimos, meu endereço, e-mail e telefone continuam o mesmo, e continuamos a nos encontrar e falar a moda antiga e quase antiga, e como diz aquela música do nosso cancioneiro: “chega lá em casa pra uma visitinha”, e como muitos bem sabem, sempre regada a café e pão de queijo.
“Nós devemos ser a mudança que queremos ver”
Feliz 2012... Que Deus abençoe a todos!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os próximos 30 anos

Você sabe o que estava acontecendo há trinta anos? Alguns vão dizer que nem eram nascidos, pelo menos é o que eu espero, ou seja, que tenha também jovens lendo meus artigos. Outros dirão: "Não lembro nem o que almocei ontem", quanto mais o que aconteceu há três décadas. É verdade, o grito de guerra do brasileiro deveria ser assim: eu sou brasileiroooo, povo sem memória, com muito amorrrr... O povinho esquecido que somos.
Mas vou lembrar algumas coisas que estavam se passando em dezembro de 1981: Drummond escrevia mais um dos seus poemas de dezembro: “Fazer da areia, terra e água uma canção... Depois, moldar de vento a flauta... que há de espalhar esta canção... Por fim tecer de amor lábios e dedos que a flauta animarão...”.
Zico fazia poesia com os pés e comandava meu Flamengo levando-o ao lugar mais alto do futebol em Tóquio. Quem viu... viu.. pois foi só essa vez mesmo. Nascia na Louisiana - USA a cantora Britney Spears que, gostemos ou não, vendeu mais de 100 milhões de cópias na última década. Pesquisando descobri ainda que foi em dezembro de 1981 que a “Mãe Dinah” previu que o Brasil não iria ganhar a Copa do Mundo do ano seguinte. Fez um enorme sucesso depois disso porque parecia impossível Cerezo, Junior, Sócrates, Falcão, Zico, Éder... perderem aquele mundial na Espanha. Em seguida errou um monte de previsão e hoje faz parte apenas do folclore.
Na política brasileira vivíamos a última fase da fatídica ditadura militar. A sonhada abertura política caminhava a passos lentos, mas caminhava. Ainda teríamos o revés das “Diretas Já”, entre outros. Em Passos o prefeito era José Figueiredo, ficaria até 1983, mas pasmem, o vice era ninguém menos que Cóssimo Baltazar de Freitas, o mesmo de hoje. Se pensarmos por esse ângulo temos que dar razão a um pré candidato a prefeito que disse dias atrás que estamos com um atraso de 30 anos em relação ao espaço que Passos deveria estar ocupando. Por falar nisso, foi daí que pensei em 30 anos para tal análise.
Neste período, a administração municipal em Passos esteve de novo com José Figueiredo (89-92), Nelson Maia (97-00), Ataíde Vilela (05-08), somando um total de 14 anos com os outros dois do “Seu Zé Magro”. E nas mãos dos atuais mandatários Hernani e Cóssimo por 16, ou seja, mais da metade desse tempo.
Todo mundo que escreve segue uma linha de raciocínio, ou pelo menos deveria seguir, e neste caso não é diferente. Desta forma, vou descrever algumas análises e curiosidades que direi disso. Dias atrás um secretário municipal criticava as administrações anteriores via internet pelas dificuldades que passamos hoje, como na segurança e nas questões sociais como um todo. O termo que ele e sua trupe usam sempre é descaso. Mas de quem o secretário falava? Será que ele criticava o atual prefeito também e seu vice, ou se referia somente aos outros, que lembro, separadamente estiveram um terço do tempo nas últimas décadas que os atuais?
Alguns dos nossos “políticos”, sob a síndrome do novo, se apresentam sempre como se nunca tivessem feito parte de nenhuma administração. Se puxarmos na lembrança verá que alguns que se passam por “novidade” já estiveram em algumas delas sim. E digo que não há mal algum nisso. Mas o que querem passar é realmente a ideia de que nunca estiveram lá, quando na verdade deveriam é estar fazendo a parte deles, seja como situação ou como oposição.
Os de situação, até aqueles que se negam a admitir isso, deveriam trabalhar olhando pra frente e não se desculpando usando sempre o passado como pretexto. Já estão fechando o terceiro ano do atual mandado e ainda estão nessa. Daqui a pouco estará saindo e com esse mesmo discursinho que só cola na imprensa paga.
A oposição, ou melhor, aqueles que querem pegar a administração, sendo que nem todos é oposição atualmente (isso só existe aqui eu acho), mas certa vez li, não me lembro onde, que os políticos se dividem entre os que estão e os que querem estar no poder, então, esses já deveriam estar mostrando a cara. Como? Planejando uma imprescindível reforma administrativa, um adequado planejamento urbano, ou seja, um plano de governo que venha a explicitar a vontade de mudança, não somente de nomes. É chegado o momento de se fazer algo realmente grande e novo na nossa cidade, seja qual grupo for estar à frente do município, pois uma coisa é certa, não dá para termos outros 30 anos desses. Nós podemos até merecer, pois sempre foi escolha nossa, mas “Passos” não merece. Quando digo “Passos”, estou incluindo aqueles que não votam ainda e os que estão por vir e que receberão uma cidade com uma estrutura arcaica de administrações capengas, que caminha a passos largos para um caos urbano.