sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quem sabe em janeiro

Quando será que vão começar a administrar a cidade pra valer? Existe uma máxima que fala que o lenhador só entra na mata até o meio desta, pois depois da metade ele já está é saindo. Faltam somente dois meses para atingirem 50% do mandato e parece que alguns ainda nem entraram.
Dias atrás, através de numa reportagem, dessas de encomenda, uma diretora “desabafava” sobre a situação de seu departamento, logo depois de colocarem Passos dois anos fora do JIMI por não comparecerem a um jogo do torneio. Pra variar jogava a culpa em alguém e no passado, isso com relação aos insucessos, pois quanto aos feitos alcançados, esses são deles mesmos. Ora, faz um ano e dez meses que está lá e ainda fica nessa? Até quando? Deve estar de brincadeira... Se estão mal, e quase todos os setores da administração municipal se encontram neste conceito, sendo isso que aponta uma pesquisa feita na cidade, a culpa é sempre do passado, quando não dá, jogam no mosquito, no rapaz do Xerox, em algum coitado que não pode se defender... Se bobear até a chuva entra nessa, e olha que ficamos quase seis meses sem ver uma gota d’água.
Tem setores que estão brincando com a nossa cara. E olha que são setores onde a população mais paga pelos serviços, como a limpeza, conservação de ruas, transporte e trânsito, entre outros tantos. Temos taxas e impostos em relação a estes departamentos que nos dá o direito de termos serviços bem melhores do que estamos recebendo atualmente. Está certo que alguns que figuram à frente de certos departamentos municipais não possuem a mínima condição para estarem lá. Não estou aqui dizendo que eles não têm capacidade para ocupar algum cargo. Estou afirmando que não possuem nenhuma condição técnica para estarem nos cargos que estão. Aí é “um tal” de culpar fulano, responsabilizar sicrano...
Mas em alguns casos não se trata de condição técnica. Muitas vezes falta também disposição para o trabalho. Alguns são verdadeiros leões quando o assunto é eleição. Passado o pleito, depois de devidamente empossados e instalados, viram mansos gatinhos no trabalho. Você vai encontrá-los novamente a mil por hora só nos dias de votação. Geralmente de crachá, braços cruzados (isso como de costume mesmo) e com cara séria, verdadeiros fiscais, sabe-se lá de que. Capacitar-se, estudar e buscar alternativas, arregaçar as mangas, partir pra cima dos problemas, isso não. Em vez disso, vão tocando secretarias e departamento com “servicinhos” inúteis e quase sempre visando um atendimento particular ou uma ordem superior, na maioria das vezes também incapacitada. De vez em quando, numa crise de consciência ou por arrogância mesmo, acham que sabem alguma coisa e se metem a fazer besteiras. Tive um professor na área de trânsito que numa de suas aulas disse que o “burro motivado” às vezes é mais perigoso que o negligente.
Eu já disse isso antes, mas vou repetir. O mal desse tipo de coisa é fazer com que o funcionalismo municipal pense que seu valor não está relacionado a sua atuação no trabalho e sim nas eleições. E desta forma temos esse tipo de serviço público que estamos recebendo, de péssima qualidade e, em alguns setores, beirando o descaso. Tem gente aí que, entre um cigarrinho e outro, um gole de café, brinca de ser diretor, de ser “chefe”, mas na verdade não passam de motoristas de luxo. Outros curtindo a aposentadoria como secretários municipais. E a cidade, com mais de 100 mil habitantes, voltando a ver coisas que já estavam superadas há pelo menos 10 anos. Mas quem sabe em janeiro isso se modifica. Pois se não mudar muito, em janeiro de 2013 com certeza mudará. Mas apesar de tudo isso temos que ficar felizes, pois na nossa cidade não existe, além desses, nenhuma catástrofe natural, pois se existissem, quem seria por nós? Com essa qualidade de serviço que se apresenta, estaríamos perdidos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Orgulho de ser mineiro

Nesta eleição, a resposta de Minas Gerais a tentativa de imposição a qual foi submetida por Lula e parte do PT, talvez seja o que de mais importante tenha acontecido. A vitória de Anastasia tem um significado ímpar para todos nós. A coligação Hélio/Patrus, algo que soava forçado, era a própria ingerência do PT nas tradições do partido e, porque não, do nosso estado. A campanha então, era uma tentativa de convencer a nós mineiros que um forasteiro sabe mais o que é melhor para Minas que nós mesmos. O povo mineiro, honrando sua história e seus antepassados não engoliu isso.O resultado da eleição nem preciso comentar. Foi uma sonora lavada imposta àqueles que não souberam respeitar nossas tradições. Os mineiros disseram não às promessas irresponsáveis e a demagogia do passado. A volta do estado que trabalha para sustentar a máquina administrativa e o populismo foram ressachados.
Para o PT sobrou o sacrifício imposto a três grandes líderes do partido no estado. Além do respeitado Patrus, um peixe fora d’água como vice do “pmdbista” Hélio Costa, sobrou ainda para Pimentel, derrotado para o senado, o que deixou as três vagas do Estado com Aécio e seus decanos aliados Itamar e Eliseu. O outro líder derrotado nas urnas foi Nilmário Miranda, Político com P maiúsculo que também foi sacrificado por essa aliança esdrúxula.
Trazendo essa conversa um pouco mais pra perto, como diria aquele mineirinho matuto, vale ressaltar que Hélio Costa começou com larga vantagem nas pesquisas. Isso até motivou alguns a se lançarem como sendo responsáveis pela campanha que se iniciava. Foi noticiado por aqui que a coordenação geral da campanha de Costa ficaria a cargo do Chefe de Gabinete da nossa cidade. Isso quando Hélio Costa detinha quase 50% das intenções de votos contra uns 15% do governador Anastásia. Coincidência ou não, depois disso o que a gente viu foi uma queda vertiginosa do “pmdbista” e ninguém mais quis noticiar que estava à frente da campanha.
Mas quanto a isso, ou seja, da escolha do chefe de gabinete passense para coordenar a campanha, nada mais é que uma falha de interpretação do PMDB mineiro. Ao analisarem lá por BH o último pleito municipal de Passos, foram levados a esse erro. O resultado daqui olhado de longe pode sugerir uma coisa, mas visto de perto sabemos que a verdade é outra. Dessa forma, ou seja, interpretando os fatos como realmente ocorreram, melhor seria se convidassem alguém do MP, os verdadeiros responsáveis pela vitória do PMDB em Passos. Talvez a sorte pudesse ser outra, quem sabe com alguma operação qualquer. Não faço aqui nenhum juízo, pois realmente não me compete isso, apesar de sentir que algumas explicações ainda precisam ser feitas, para que não paire nenhuma dúvida sobre as reais intenções.
Voltando ao resultado em Minas propriamente dito, podemos aproveitar o hino extra oficial do nosso Estado e cantar assim: Oh, Minas Gerais! Oh, Minas Gerais! Quem te conhece não lhe impõe jamais! Oh, Minas Gerais!