domingo, 26 de abril de 2009

Por que o medo?

Marcelo Augusto: “11h57min. Doutor, o senhor é acusado de perseguição política contra servidores da prefeitura, parentes de políticos de oposição, um exemplo seria o Waldemar Junior que é lotado no trânsito há muitos anos e foi para uma escola na zona rural e outro seria a esposa do vereador Luis Carlos Souto Junior que também foi transferida para a zona rural. È perseguição? É logística da prefeitura?”.
Prefeito Dr. Hernani: “É logística e é cargo de confiança, eu tenho que por ao meu lado quem eu confio, eu não posso por quem me atacou o tempo todo durante a campanha, não queria que eu tomasse posse, fizeram mil e uma agressões. Não tenho nada contra, são funcionários bons, não tenho como (sic), a parte técnicas deles, a seriedade ninguém põe em dúvida, mas eu tenho que ter ao meu lado gente da minha confiança, isso não tem nem dúvida. Você não vai trabalhar com o inimigo do teu lado, que pode de um momento para outro fazer alguma coisa até por descaso, não às vezes (sic) nem por maldade, mas deixar de fazer alguma coisa que atenda bem a população”.

Marcelo Augusto: “11h58min”... (Transcrição fidedigna de parte da entrevista à Rádio Globo Passos – AM concedida pelo Prefeito Municipal).
Lamentando tais acontecimentos ainda ocorrerem numa cidade como a nossa que, com mais de 150 anos e população superior a 100 mil habitantes, já deveria estar noutro patamar político. Porém, não há como deixar de fazer algumas considerações e porque não dizer, correções, na entrevista do nosso prefeito no que tange a minha pessoa. Ficar calado obrigatoriamente implica em admitir como verdadeiras algumas insinuações. Primeiro que não sou cargo de confiança, tendo sim ocupado o cargo de diretor de departamento com os últimos três prefeitos, até janeiro de 2007, dentre eles o atual, contudo, sou funcionário de carreira, técnico e com duas pós-graduações (Trânsito e Direito Público). Tenho 13 anos de prefeitura e sempre fui um funcionário exemplar, tendo recebido desse mesmo prefeito a seguinte declaração no ato de exoneração depois de quatro anos como seu diretor: “Parágrafo único. Fica registrado o agradecimento da Prefeitura Municipal de Passos a Waldemar Ribeiro de Oliveira Junior, como forma de reconhecimento pelos relevantes e valorosos serviços prestados, pelo empenho em prol do desenvolvimento de nossa comunidade e pela dedicação demonstrada no exercício de suas funções”. Da Policia Militar recebi o certificado de reconhecimento “pela excelência dos trabalhos prestados ao trânsito de nossa cidade”. Além disso, minha disposição, entrega e correção no trabalho me valeu os convites de duas escolas da cidade, Etep e Del Rey, para dar aulas de Ética Profissional e Empreendorismo e Ética, respectivamente. Também ministrei um curso sobre “Administração do Trânsito” na Semana de Engenharia da Fesp.
Outras coisas citadas como: “eu não posso por quem me atacou o tempo todo durante a campanha, não queria que eu tomasse posse, fizeram mil e uma agressões”... Isso nem tem muito como eu comentar, pois não diz respeito a minha pessoa, devendo estar eu sendo confundido com alguém. Os anos passam e talvez alguns não se dão conta disso. Tendo 40 anos de idade, sou pai de família, e como já disse, além de funcionário público, também professor, só me resta pensar que talvez o prefeito possa realmente estar me confundindo com algum desses moleques que vivem de mesadas, dinheiro de tio e que teimam em não crescer. Quanto à minha integridade profissional, para não precisar ir buscar muito longe, nem no tempo nem no espaço, na atual administração o prefeito pode comprovar isso dando uma chegada na sua Secretaria de Planejamento e pegando o projeto de minha autoria que no início do seu governo conclui e entreguei ao novo secretário. Quanto à parte de ter tentado impedir sua posse... uma viagem...eu estava viajando no dia. Eu até achava engraçado, pois no meu entendimento, para que isto acontecesse, ou seja, para que o caso das contas rejeitadas do prefeito em mandato anterior (vale aqui sempre lembrar da participação ativa do seu atual secretário Auro Maia neste episódio) fosse realmente levado a diante, necessitaria do apoio e empenho do Ministério Público, desta forma, como poderia isso ocorrer se foi exatamente uma ação deste que lhe deu a vitória. Não haveria porque depois tirá-la. O único perigo real seria se o segundo colocado fosse um (a) filho (a) do Sarney.
O prefeito, depois de oito anos de mandato, que somado com mais seis do seu vice, perfazem catorze anos a frente do município, obteve 28.482 votos, o que representa 38,6 % dos 73.793 mil que estavam aptos a votar. Numa visão mais favorável a ele podemos dizer que contabilizou 45,26 % dos votos daqueles que compareceram às urnas. Mesmo quando a gente fica somente com os que escolheram alguém em quem votar não se chega aos 50%, para ser exato são 49,38 %. Contudo, segundo o IBGE, somos mais 102 mil habitantes em Passos, desta feita, aí temos que menos de 30 % dos passenses viram a foto do “nosso” prefeito na urna eletrônica. Contudo, pelo sistema legal vigente, ele é o prefeito de “todos nós”, ou seja, também da grande maioria que, como eu, simplesmente não votamos nele. Isto não nos torna necessariamente seus inimigos, digamos que, apenas não fomos seus eleitores neste pleito. Podemos até não ser chamados de “companheiros”, como os seus novos aliados do PT costumam chamar seus pares, mas de “inimigo” é um disparate total, ou quem sabe, uma opinião unilateral.
Ficamos pensando: qual seria o real significado das palavras do prefeito? O sentido desse “mas eu tenho que ter ao meu lado gente da minha confiança”. Escrevendo esse artigo e analisando alguns fatores e personagens da administração atual, começo até a entender um pouco as suas palavras. No entanto, um governo íntegro não necessita ter tanto medo de seus atos a ponto de ter que colocar os seus, como já disse: “não eleitores”, em locais onde não possam ver e ouvir o que se passa na administração. O governo anterior a este, tinha dentro da Tesouraria, onde se faz pagamentos e tudo mais, além de vários outros setores importantes, gente que hoje é cargo de confiança do atual prefeito. Será que existiu algum boicote ou algo para prejudicar o prefeito anterior que faz com que a atual administração se preocupe com isso? Realmente não sei responder, mas tenho esperança que não. A nós, funcionários públicos, deve ser facultada a liberdade de opinião e de voto, como previsto na Constituição, além é claro, dos demais direitos trabalhistas, no qual não se enquadra prejudicar o bom andamento do serviço público, até porque, pra isso já tem muita gente. E se Deus assim quiser, me dando saúde para isso, estarei pronto para trabalhar com um novo prefeito daqui três anos e oito meses, contudo, servindo não a ele, mas o município, como sempre fiz.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Troca na ‘Saúde’

A mudança na Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Passos revela um fato no mínimo inusitado, o PMDB passou o comando (pelo menos o cargo de secretário) da pasta que sempre foi a “menina dos olhos” do partido e do prefeito, fato impensado até a pouco, pois até mesmo aliados, como o Dr. Fabian, não tiveram essa “sorte”.
Confesso pra vocês que alguns artigos se tornam difíceis de escrever, principalmente por causa das partes envolvidas, mas vamos lá. Neste caso propriamente dito, que me considero amigo da família do Dr. Edvar Andrade, onde tenho o Rodrigo como sendo da minha própria e, com relação ao Dr. Cleiton Piotto, a quem trato apenas por Cleiton, não porque o título de “doutor” não lhe seja merecido, muito pelo contrário, pois conheço bem sua luta e dos seus pais, mas porque são anos e anos de amizade, desde o tempo de escola. São vários jogos do Verdão aqui, em Paraíso junto ao alambrado e até em BH. Temos muitas histórias, uma delas, acontecida em 1987, está até registrada, chama-se “A partida que nunca terminou” e pode ser encontrada no arquivo do meu blog. Mesmo assim, não irei deixar de externar minha opinião, contudo, gostaria de salientar que não tive contato algum ainda com nenhuma das partes, sendo que o que se segue é de minha inteira responsabilidade, como sempre.
Primeiramente a surpresa, mas não com a saída do Dr. Edvar, pois essa eu já esperava havia algum tempo. Logicamente aquilo que saiu na Folha, que o partido e o jornal em mais uma ação conjunta, diz que já era previsto porque ele iria mesmo ficar uns três ou quatro meses, está longe de ser verdade. Essa nunca foi a intenção do Dr. Edvar, isso eu tenho certeza. Renunciou assim como Paulo Felipe o fez dias antes de assumir. Coincidência ou não, dois nomes de extremo respeito na cidade. Sempre soube que ele não iria longe à frente da pasta da saúde por outros motivos, óbvios para quem lhe conhece, que levam em conta muito mais do que vimos e ouvimos por aí. Como escrevi em janeiro no artigo “Os escolhidos” (Dr. Edvar, como todos sabem, é um dentista muito bem sucedido e um homem realizado, fácil concluir que só entrou nessa por idealismo mesmo e um sonho). Foram estas minhas palavras na época e que repito agora. Um homem que nunca participaria de nada que não pudesse falar e compartilhar com sua família e amigos. É desta forma que vejo a saída do Dr. Edvar, apesar de que, por se tratar de um “gentleman”, sai discretamente e com discurso politicamente correto. Mas onde reside minha surpresa então? Ora, pois, o PMDB que sempre teve na saúde sua plataforma de campanhas municipais, onde Dr. Hernani sempre se gabou de ter o domínio da situação nesta área, vê-se obrigado a recorrer fora do partido e até mesmo fora do grupo de aliados para geri-la.
Dr. Cleiton Piotto para quem não sabe já ocupou o cargo de Diretor do Pronto Socorro na gestão Nelson Maia. É genro de Saulo Mendes, que foi Secretário de Administração na mesma gestão. Para ser mais claro, a administração que sucedeu a de Nelson Maia foi do próprio Dr. Hernani e mesmo Cleiton tendo tido excelente avaliação a frente do Pronto Socorro, isso não fez com que prefeito o mantivesse no cargo. Mas o fez agora, mesmo avaliando o Pronto Socorro como um caos quando assumiu, manteve o mesmo diretor da época do Ataíde, Dr. Fernando, que só saiu depois porque quis. Desta forma, soa um tanto quanto estranho o atual convite, não servia para Diretor, mas agora serve para Secretário. O que mais poderia haver por trás disso? Não há como não pensar na concretização do plano de blindagem junto à imprensa, pois Cleiton é primo em primeiro grau de Marcelo Piotto e é sabido que várias tentativas de aproximação de aliados da administração com a TV. Independência fracassaram. Vale lembrar ainda que a Rádio Globo Passos, comandada por Junior Bueno, amigo e primo por afinidade do Dr. Cleiton, é, até então, o único grande órgão de imprensa que ainda vemos cobrar a administração municipal, pois o restante está “dominado” ou em letargia, exceção feita aos da internet. Não há como não levantarmos essas hipóteses, mas somente o tempo irá mostrar se isso procede. Contudo, uma coisa eu posso garantir, o Cleiton que conheço não entraria de jeito nenhum numa coisa dessas, a não ser se for enganado. Tenho certeza de que ele vai assumir mesmo, pois sempre foi um rapaz de muita garra e amor a Passos. O Cleiton é daqueles “caras” que pega a bola e assume a responsabilidade de bater o último pênalti, sem medo, isso eu também já vi. Se estiverem pensando que ele vai aceitar ser o terceiro, pois o comentário é que na Saúde o comando não ficaria com o Secretário, pois tem dois à frente deste, vão errar de novo e feio.
Sei também que o Cleiton não tem filiação partidária, mas vai defender seu novo time como se fosse seu torcedor desde pequeno, como se estivesse no nosso Flamengo. Mas mesmo assim, a população pode esperar dele o funcionamento em breve do novo Pronto Socorro, obra do ex-prefeito Ataíde e já está pronto há um tempão, prova disso é que não se vê ninguém trabalhando lá há meses. Se não o deixarem trabalhar, sai também, porque tenho certeza que seu interesse é servir sua cidade, assim como o seu antecessor. Sobre o pênalti, Cleiton acertou.

domingo, 12 de abril de 2009

Brama

Pensei que não mais escreveria nada por causa desse sujeito. Tava sumidinho desde sua última empreitada política e mais uma vez com votação pífia. Só tem uma sobrevida política, mesmo que medíocre, pois possui espaço no jornal que lhe incentiva na perseguição contra algumas pessoas. Nem ele nem o jornal ligam mais para suas reputações. O devaneio desse já foi ao ponto de mentir até que Waldemar Ribeiro, meu pai, era um dos investigados numa operação do MP, além de outras mentiras que contam uma dezena de vezes na tentativa de fazer virar verdade.
Com o espaço dado e incentivado, essa mente doente, na tentativa de se promover, haja vista se tratar de um ninguém, investe novamente contra senhores de idade, pais de família, pessoas de bem, coisas que ele desconhece. Já fez isso contra Sr. Joaquim Carlos Pereira e agora contra o Sr. Cileno de Castro. Infelizmente sou obrigado novamente a escrever sobre esse cidadão que, sempre de forma covarde, vem querendo se especializar em atacar também meu pai, tentando assim ter alguma evidência. Financiado pelo jornal Folha da Manhã tenta aparecer, posto que até hoje não passa de um garoto de recados. Quando falo novamente é porque há alguns anos atrás, devido a estes mesmos motivos já escrevi sobre ele: “Sem nenhuma relevância política, sem plataforma alguma, munido tão somente de uma retórica maldosa, Carlos Chagas (que já foi Carlinho do PFL e também Carlos Orlandi - é sim minha gente, trata-se do mesmo - tão novo já usou três nomes e duas siglas partidárias) - hoje já são três ... a indefinição parece ser uma tônica na sua vida, não consegue se livrar de algumas amarras que o impedem de ter paz interior. Tão jovem e com tanto ódio no coração, só nos resta pedir a Deus que ilumine sua vida e o seu caminho, tirando da sua vida o que lhe torna tão vil e covarde, posto que ao contrário de mim (o que também não desejo), tem sempre a garantia de que aqueles que são atacados por seus artigos não terão o mesmo espaço para defesa”. Esquecendo que Waldemar Ribeiro é até hoje a maior votação percentual da história do legislativo Passense, o único vereador nove vezes eleito, três delas quando vereador não recebia salário. Deixando de lado também que este foi escolhido para ter seu nome dado a Câmara Municipal, pois tudo isso é política e nessa ele encerrou sua carreira política vitoriosa em dezembro. De agora em diante a coisa vai ser entendida como pessoal e assim será tratada, pois se trata de um pai e um avô exemplar, um filho maravilhoso que foi, marido fiel que é, o irmão, o membro atuante da igreja e etc. Saiu o político mas ficou o homem e não vamos aceitar ataques de um moleque petulante que nunca vez nada de útil na vida, e que usa o espaço dado pelo mesmo jornal que um dia colocou seu próprio irmão (parece que se esqueceu disso não é Chagas) como marginal, de forma mentirosa. Seu último artigo fala de “Ratazana do Ipsemg”, de forma covarde, pois assim fica protegido mas lhe garante a intenção, pois todos sabem que meu pai, Waldemar Ribeiro, foi agente do Ipsemg de Passos por anos. Esse moleque era uma criança e talvez nem saiba que foi nessa época que foi construída a sede do Ipsemg em Passos, na Av. da Moda, e que Waldemar só deixou o cargo devido a uma mudança política, sem nunca ter tido nenhum processo administrativo ou coisa do tipo. Nem lá e nem nos mais de 40 anos de política, onde presidiu a Câmara por três vezes. Será que como filho, tendo meu pai mais de setenta anos, sou obrigado a ficar vendo esse moleque usar termos desse tipo para agradar seu padrinho Carlos Parreira e ter seu espaço garantido no jornal?
Com facilidade se nota tratar de um sujeito em constante conflito interior, e que de onde vive não deve ser fácil ver como realmente é o mundo. Sua revolta, seus conflitos existenciais, facilmente detectados por todos que lhe conhecem, parece que se agravaram há alguns anos. Não posso garantir o exato motivo e nem precisar o momento, mas é fácil imaginar, pois alguém tão petulante, fatalmente agiria dessa forma. Gaba-se por não ter medo de processos e decisões judiciais, isso porque conta com o apoio e incentivo do seu padrinho, pois esse já tem a certeza que a justiça nunca chega à imprensa.
Para quem ficou curioso sobre o título do artigo, “Brama é um ronco seco e profundo, que assim como o latido está para os cães, o miado para os gatos, a “brama” é o sinal sonoro emitido por um mamífero herbívoro, da família Cervidae, um animal com pouco mais 1,50 de altura. A espécie tem preferência por bosques de folha caduca.” (incrível, essa foi demais). Qualquer semelhança é mera coincidência. Então, meu jovem, continue a “Bramar”, pois é só isso que faz.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

73 dias

Não pretendo tirar nenhuma conclusão neste artigo, então, fiquem inteiramente à vontade para fazer isso. Nos últimos onze anos o que eu mais fiz foi me dedicar no trabalho com transporte e trânsito. Especializei-me nos bancos da escola, mas principalmente nas ruas da cidade, sendo que não mais que dois dos treze anos de Prefeitura de Passos completados no último dia vinte, foram passados fora do Departamento de Transporte e Trânsito – Transpass. Na verdade, quando chegamos lá não passava de uma meia sala, tornando-se hoje um dos maiores departamentos de toda a prefeitura, muito bem instalado por nós numa ótima casa na Rua Jaime Gomes. Mas não é sobre esse passado que quero falar, pois isso muitos de vocês já sabem e também já contei por aqui. Quero falar da ‘saga’ desses 73 dias em que fiquei na Transpass nessa atual administração.
Logo após a primeira quinzena de janeiro ocorreu a troca de comando na Transpass e de imediato houve uma total empatia com o novo diretor. Antes que eu me esqueça, desde 2007 não era eu o diretor de departamento, apesar de estar diretamente ligado a este. Fácil também foi notar que por parte do novo diretor existia um respeito e porque não dizer uma admiração, ainda mais depois de todo aparato e receptividade que encontrou. No início procuramos deixa-lo inteirado de todo universo do trânsito de nossa cidade e também das coisas em andamento, como por exemplo, essa sinalização horizontal (pintura nas vias) que vocês estão vendo, pois a mesma já estava licitada e o dinheiro na conta para o pagamento, caso contrário não sairia antes do final de abril. Por responsabilidade de toda a equipe, os estoques de materiais também foram encontrados em situação bem agradável para quem estava chegando. Cabe lembrar ainda que neste período foi possível ainda algumas ações onde o olhar técnico foi importante, como por exemplo, alertar o Sindicato Rural para a necessidade de se fazer passeio defronte o “Parque de Exposição”, para que aquele belíssimo serviço não fosse em vão. Além de outros, como por exemplo, resolver a questão de entrada e saída do Serra das Brisas, onde deixamos pronto um esboço de projeto. Temos ainda a resolução do problema de trânsito na “feirinha do pastel”, entre outros. Vocês já irão entender o tom de despedida.
Passado este momento inicial fomos caminhando em direção de coisas maiores. Levei ao conhecimento do novo diretor que eu estava já há algum tempo fazendo um trabalho de levantamento de ações importantes a serem desenvolvidas pela Secretaria de Planejamento na área de transporte e trânsito, e fomos incentivados a continuá-lo. Por mais um mês continuamos esse trabalho, que envolve, além do conhecimento técnico e da experiência, levantamentos da situação existente, assim como fotografias dos locais e etc. Com o tempo voando, carnaval, volta às aulas e tudo mais, nem me dei conta das coisas e porque não dizer, das pessoas ao redor e simplesmente exercia minha função. O interesse no projeto pela administração pode ser facilmente constatado pelo simples fato de que o mesmo foi impresso pela prefeitura, terceirizado, com dispensa e em caráter de urgência. Muito satisfeito com o resultado alcançado com o trabalho o entreguei ao Secretário Municipal de Planejamento, Sr. Antonio José Francisco (Toninho Pastor), já no finalzinho de fevereiro. O Secretário, segundo palavras do mesmo e comentários de outras pessoas, gostou muito do que viu. Mas isso não era para menos, afinal de contas, de posse desse, o seu trabalho será muito facilitado no que tange ao planejamento na área de transporte e trânsito, que é da responsabilidade de sua secretaria.
Para dizer a verdade, depois de dois meses, mesmo sabendo que não contava mais com a admiração do atual prefeito, diga-se de passagem, por uma única razão, a de não ter votado nele desta vez, já estava totalmente familiarizado ao novo sistema. Minha adaptação sempre foi muito fácil às novas administrações, pois nunca trabalhei para o prefeito e sim para a cidade e por quem realmente me paga, que é o seu povo. Desta feita, se os atuais mandatários da prefeitura tivessem se atentado a esse detalhe de tão fácil percepção, não haveria a necessidade de tão baixa iniciativa, pois poderiam tranquilamente ter solicitado e eu teria agido da mesma forma, mesmo sabendo das intenções futuras destes.
Vou explicar isso. Acontece que passado uns quinze dias da entrega do trabalho e como já disse, com notícias vindas do “Planejamento” sobre a admiração demonstrada pelo secretário a respeito do mesmo e da minha pessoa, não é que recebo uma correspondência de duas linhas para me apresentar à Secretaria de Educação - Secel. No mesmo dia recebi também a visita do Secretário de Planejamento que tentava deixar claro sua não participação nestes acontecimentos e explicar alguns fatos. Quem acabou explicando ao Sr. Toninho fui eu, deixando claro para ele quem realmente são e como agem seus “chefes”, mas isso deixa pra lá, as conclusões não cabem a mim por ser parte. Tanto ele quanto o diretor da Transpass acredito que não fizeram nada de caso pensado. Contudo, para minha surpresa, a intimação assinada pelo Secretário de Administração me transferindo para a “Secel” era só parte da história. Nesta, fui comunicado pela Secretária Rosa Beraldo que, mudando um pouco sua fala anterior quando a encontrei por acaso e falamos a respeito da minha ida, na verdade iria trabalhar numa escola da zona rural, totalmente fora da minha área.
Com relação a isso abro um parágrafo para deixar algumas interessantes indagações e peço ajuda aos meus amigos “doutores da lei” para obter as respostas. Tendo eu me especializado, com curso de pós-graduação pago pela própria prefeitura, numa gestão anterior desse próprio prefeito, além de mais de trinta cursos, seminários e fóruns técnicos da área, propiciados pela administração ao longo desses anos e, por se tratar ainda de um funcionário de carreira, quantos princípios da Administração Pública minha transferência e conseqüente desvio de função viola? Neste caso concreto, estaria nosso administrador atendendo os princípios da Moralidade, da Eficiência e da Impessoalidade, ou estaríamos vendo uma clara supremacia do interesse particular sobrepor ao público?
Achei importante meu leitor saber dessa história, mas como disse, a conclusão é de cada um. Mas não tenho muito tempo para ficar perdendo com isso. Tenho que trabalhar, sempre procurando fazer meu melhor, pois é isso que ensino nas minhas aulas. Fiz, junto com uma equipe que formei, um departamento de respeito. Onde estou não tem muita coisa, parecido com departamento que encontrei há onze anos. Até a placa de “secretaria” era a única não fixada na porta da sala em toda a escola, como um aviso, mas três dias depois levei martelo e pregos, e a fixei.
Tenho filho para criar, uma esposa maravilhosa, uma família honrada e de gente trabalhadora. Tenho minhas aulas de ética para dar, coisa que alguns desconhecem por completo e outros acham que ela existe somente para se cobrar das demais pessoas. Tem ainda as aulas de sociologia, oportunidade de estudar com meus alunos a sociedade de antes e de agora, visando uma outra bem melhor no futuro. Uma nova faculdade, depois do “Direito”, agora História, um sonho antigo que vai se tornar realidade. Tenho ainda meus amigos para encontrar e conversar, principalmente do sonho de uma cidade melhor para todos. Sobretudo, tenho um Deus que nunca me deixou passar por nada sozinho, sempre estando ao meu lado e agora tem ainda me ensinado a aceitar e enfrentar certas atitudes, pois a promessa não é de estar imune. Antes de terminar, dispenso o rótulo de perseguido. São dois os motivos que me levam a isto. Primeiro é que este já foi usado tantas vezes de forma mentirosa que eu não gostaria de estar no mesmo time de alguns que na verdade só trabalham quando o governo é do seu partido. Segundo, deve-se ao fato de ter conhecido a história de Cristãos que sofrem perseguição por amor a Deus, muitos pagando com a vida, assim, não acho que essa minha história mereça ter essa mesma classificação. Todavia quero ouvir das autoridades constituídas do “Direito”, principalmente do nosso virtuoso e combativo Ministério Público se essa ação impetrada pela gestão municipal não fere os princípios da administração pública, para que possa continuar meu trabalho em paz.

Conheça o projeto na íntegra que foi entregue a atual administração nas mãos do Secretário de Planejamento.
http://www.correiodoslagos.com.br/downloads/novos_caminhos.pdf

quarta-feira, 1 de abril de 2009

1º de Abril

Uma brincadeira de menino que alguns homens não cansam de fazer é mentir. Alguns fazem isso até profissionalmente, por mais incrível que isso possa parecer. No artigo de hoje vou expor duas de algumas cicatrizes que carrego e são oriundas da mentira. Graças à proteção de Deus a verdade prevaleceu, apesar da tentativa frustrada de alguns que adoram multiplicar essa data na sua vida. Para o estudioso do assunto Matthew Newman, da Universidade do Texas, "as pessoas que estão mentindo, deixam transparecer o fato de diferentes e variadas formas". Com o uso de um programa de computador que analisa as palavras ditas, o investigador e seus colegas puderam identificar dois em três mentirosos avaliados, "captando a psicologia subentendida". As descobertas indicam que, quando se está mentindo, as palavras denunciam de três formas diferentes. Primeiro, os mentirosos tendem a evitar as palavras "eu" e "meu" quando relatam suas histórias. "Por outro lado, tratam de distanciar-se da história falsa", explicou Newman, "referem-se menos a si mesmos".
Talvez outros no meu lugar tentassem até esconder as histórias que me ocorreram, mas eu não vejo motivo para isso, pois fazem parte da minha vida pública e como já disse, em todas a mão de Deus esteve presente a me guardar e ficou praticamente só a lembrança.
A primeira diz respeito a um fato que me aconteceu há alguns anos atrás enquanto ainda era diretor da prefeitura. Numa contratação de pintura de nomes de ruas em 150 postes, se não me engano, no valor total de um mil e quinhentos reais, fomos chamados pelo então prefeito Ataíde, pois corria um boato, vindo da Câmara Municipal, de que o serviço não havia sido realizado e que havia sido pago. Diante disso, ainda na presença do mesmo, chamei o encarregado pelo acompanhamento do trabalho e solicitei na hora um levantamento poste a poste. Feito isso, apresentei ao chefe do executivo os 150 locais (ruas e quantitativo) onde a sinalização tinha sido feita, aproveitando ainda para requerer do mesmo uma conferência externa ao trânsito, ou seja, feita por outro departamento. Depois do prefeito, fizemos o mesmo no “plenarinho” da Câmara Municipal com os onze vereadores. Foi entregue uma cópia para cada um do relatório, solicitando se possível, a conferência pelo legislativo, representante legítimo do povo. “Cala boca” feito, ficou o mentiroso com a cara no chão. Difícil uma cascavel perder o bote, mas aconteceu. Andam dizendo por aí que numa incrível metamorfose, depois que passou de estilingue a vidraça, virou um cordeiro.
Mas não foi essa, porém, a única vez que sofremos uma tentativa de calúnia e difamação deste tipo. Ano passado, trabalhando numa consultoria de trânsito junto à prefeitura da “Barra”, fomos surpreendidos por uma nota na coluna do jornalista César Tadeu, que hoje responde pela assessoria de imprensa da prefeitura de Passos. Apesar desta não dizer claramente de quem se tratava, entendi que a referência era à minha pessoa e por uma questão de ética, fui atrás do Colunista para esclarecer a respeito do caso. Apesar da certeza de que quase ninguém tinha conhecimento ou entendido da mentirosa e maldosa nota, fiz questão de esclarecer tudo, mesmo sabendo que estava invertendo a ordem das coisas. Prestei todos os esclarecimentos e enviei documentos que o mesmo desconhecia e, logicamente, havia sido omitido pela sua fonte. O colunista fez a devida reparação na edição posterior e ainda cobrou honestidade do seu informante. Diga-se de passagem, o tal informante foi meses depois condenado pela justiça a devolver dinheiro ao poder público e, passado mais alguns meses, perdeu a eleição para vereador, cargo que ocupava já há algum tempo na sua cidade. Juro que não desejei nenhuma das duas, mas...
Nos últimos versículos do Livro Sagrado, em Apocalipse 22,15 podemos ver que aqueles que amam e praticam a mentira estão no mesmo patamar de assassinos, dos que praticam feitiçaria e dos idólatras.