Mas por que depois de mais de um mês sem escrever venho com esta história?
Ora, senão vejamos, o que se passa na cabeça de um jovem, ou mesmo de outra pessoa qualquer, quando se depara com o resultado da “escolha” para a presidência do Senado brasileiro onde, quase por aclamação, vemos José Sarney ser reconduzido à presidência daquela casa. O maranhense, “dono” do estado de piores índices no que tange a saúde, segurança e etc., parece ser proprietário também de uma das casas legislativas brasileira. Nem mesmo todas as lambanças da sua gestão anterior foram capazes de diminuir seu domínio. Nem a chegada de um Itamar, de um Aécio, na minoritária oposição é verdade, ou mesmo na bancada de situação com o eterno líder dos “caras pintadas” Lindberg Farias (PT-RJ) mexeu nas estruturas e falcatruas.
Mas nem tudo está perdido, visto que a vice de Sarney é a petista Marta Suplicy, ou seja, quando o Sr. José Ribamar não estiver por lá, você poderá “relaxar e...”, pois é desta forma que ela lida com os disparates que acontecem e nos últimos anos o Senado se tornou uma casa especializada em escândalos. Não vou perder tempo em lembrar todos, fica só o relato de alguns personagens como o ex-presidente daquela casa Renam Calheiros, Jader Barbalho e o secretário Agaciel Maia, dentre vários outros.
Em um artigo intitulado “Casa dos Horrores”, a revista “The Economist” faz uma referência ao Senado, “que tem 81 membros mas, de algum modo, requer quase 10 mil funcionários para cuidar deles”. Com raríssimas exceções, o Senado tem sido visto como um lugar infestado de políticos propensos a práticas corruptas e corruptoras. O sistema bicameral (duas casas legislativas, Senado e Câmara dos Deputados), por essas e outras, é visto cada vez mais como dispensável. Não faz nenhum sentido uma “casa” com orçamento anual em torno de R$ 2,7 bilhões (fonte: ONG Transparência Brasil), ou seja, custo per capita (cada um dos 81 senadores) de R$ 33,4 milhões para os cofres públicos para um lugar que nem como exemplo serve para as pessoas do nosso país, muito pelo contrário. O senado brasileiro hoje serve apenas a interesses particulares e é um péssimo exemplo na formação da nossa juventude e também da concepção política da nação.
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