sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O próximo, por favor...

Fato recorrente nestes primeiros nove meses de governo da presidenta Dilma é a troca de ministros envoltos em algum tipo de irregularidade. O que poderia ser visto com bons olhos, pois providências estariam sendo tomadas para coibir a corrupção, pela fala da “chefa” de governo não é bem assim. Sempre preocupada em manter a base fisiologista, Dilma evita ao máximo qualquer vinculação com algo que pareça ser uma limpeza. A palavra “faxina” então... lhe causa arrepios.
A preocupação em não vincular as saídas de ministros com irregularidades é no mínimo estranha. A fala sempre no sentido de que foram eles que pediram demissão chega a ser patético. Por que o governo abre mão de algo que, com certeza seria muito bem visto pela população, como a destituição de quem comete esses atos que estamos reiteradamente vendo? Acho que sai mais barato para o governo comprar a opinião pública do que brigar com seus comparsas, quer dizer, companheiros.
Durante o velório de Itamar Franco, numa foto histórica, vemos o aliado do palácio do planalto Fernando Collor bem ao lado de um dos seus algozes, o líder dos “caras pintadas” Lindemberg Farias, hoje também senador. No senado, juntos na base de sustentação do governo, será que o ex presidente da UNE já pediu desculpas a Collor? Deixando a inocência da época da recém reinaugurada democracia no início dos anos 90, sabemos que Collor, perto do que vemos hoje, não passava de um delinquente juvenil.
Mas estranho mesmo é ver a postura dos jovens doutrinados petistas frente a qualquer denúncia que recai sobre os atos desse governo. Tudo não passa sempre de perseguição para eles. Coisa de uma imprensa golpista. A mesma que quando bem paga lhes serve e muito. Usando de um discurso ensaiado se trancam dentro de uma ideologia barata que lhes é repassada. Alguns no primeiro amor, que às vezes cega, outros por enxergar nessa militância uma rápida forma de ascensão, senão financeira, quiçá política, estes acabam agindo como aqueles pequenos peixes que vivem colados aos tubarões, se alimentando da sobra dos ferozes predadores. Mesmo abominando alguns de seus parceiros, vivem numa espécie de “mutualismo obrigatório” com aqueles que sempre criticaram.
Outra curiosidade acerca dessa postura vem da opinião que os mesmos têm sobre algumas questões, como por exemplo, as greves. Se forem contra seus opositores essas são justas e fruto da necessidade, o que geralmente é verdade, como no caso dos professores de Minas Gerais. Mas se são em órgãos federais ou em governos aliados, se trata de politicagem, assim como a cobertura que se dá as mesmas. Atualmente é assim que eles conseguem enxergar. Mas quanto a isso é totalmente compreensível, pois alguns estão vedados e outros fazendo uso de “tapas”.

2 comentários:

Guilherme - Português disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guilherme - Português disse...

Oi tio... provavelmente o seu melhor texto de todos os tempos! Parabéns! Quem dera as pessoas no Brasil conseguissem enxergar um pouquinho além dos "tapas"!