quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Será mesmo que tem que ser assim?

Encontra-se um caos a saúde na cidade de Passos, isso ou algo parecido foi a manchete estampada, ou plantada, logo no primeiro dia do ano, não coincidentemente, primeiro dia também de uma nova administração. Leigos e até mesmo alguns “especialistas” não sabiam se a notícia procedia ou se era apenas um balão de ensaio. A notícia ainda dava conta de que algumas providências já estavam sendo tomadas, como, por exemplo, mandar limpar o velho Pronto Socorro Municipal. Depois de um feriado prolongado é o mínimo que se esperava, mas caos?... Talvez por nunca termos vivenciado um caos, vira e mexe o termo é usado de forma leviana por aqui. Segundo o dicionário Michaelis, a palavra caos significa: 1. Confusão geral dos elementos; 2. Total confusão ou desordem. Já o adjetivo total, de acordo com o mesmo glossário, é sinônimo de completo, ou, que forma um todo.
Passado poucos dias, alguns atos que não se tem tanto interesse assim em serem divulgados já desmentiam tacitamente a primeira manchete do jornal local. A recondução de dois dos principais cargos da saúde, um na área administrativa e o outro, do próprio chefe do Pronto Socorro - PS, falam por si só. Caso realmente estivesse instaurado um caos na saúde e mais ainda, propriamente no PS, porque aqueles que estavam à frente seriam reconduzidos? Estou aqui exercitando o que falei no artigo anterior, onde dizia: Use e abuse dos “por quês?”.
Mais para o final da semana passada, foi noticiado numa rádio da cidade que havia muito medicamento estocado na Secretaria de Saúde, algo que daria aí para uns três meses. Chegou-se a levantar a hipótese até mesmo que estes estariam vencidos. Mas quanto ao vencimento isto é muitíssimo simples de verificar e se fosse realmente verdade não sairia como desconfiança e sim como denúncia. O espanto talvez venha do fato de que isto ocorre pela primeira vez no município. Talvez por sempre encontrar os estoques vazios, sempre se entregou assim também.
Será que ninguém nunca pensou em fazer diferente, e não estou aqui a falar de A ou H. Todo cidadão ao assumir um cargo público qualquer, seja a prefeitura, uma secretaria ou mesmo um departamento que for, simplesmente dizer que vai tentar melhorar, dar continuidade no que está sendo bem feito e mudar aquilo que não está muito legal no seu entendimento, sem a necessidade de querer aniquilar ou esculachar aqueles que estão saindo. Talvez quem fizer isso quando estiver entrando, receba na sua saída o mesmo tratamento.
Somente para finalizar, hoje começa a sinalização horizontal (pintura viária), são cinco mil metros quadrados a serem executados na Av. da Moda, Arouca e etc. Além dessa, tem também a aquisição de um conjunto semafórico que deve ser entregue essa semana e vários outros materiais que se encontram a disposição para serem implantados na sinalização da cidade. Os processos licitatórios começaram em agosto, setembro e não foram interrompidos por causa do resultado das eleições. Com relação à notícia que originou o artigo deixo a frase do ex-candidato à Casa Branca na década de 60, Adlai Stevenson, explicar: “Um editor de jornal é alguém que separa o joio do trigo - e imprime o joio”.

Um comentário:

Carlos Alberto Alves disse...

Waldemar por coincidência tratei no blog do Carlos, no www.correiodoslagos.com.br do mesmo assunto. Concordo com suas observações, dá uma olhada no nosso texto e dê sua opinião, será de grande valia para nós.

Carlos Alberto Alves