quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Te encontro pelo mundo

“Nós devemos ser a mudança que queremos ver” (frase atribuída a Mahatma Gandhi)

Há um bom tempo penso em fazer algumas mudanças na minha vida, nada tão extraordinário, pois faço isso amiúde, me analiso constantemente e sou signatário da ideia de Raul com o seu “prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”,mas no momento estou em busca de algo que me traga paz, ou mais paz, sei lá.
O natal atrelado ao ano novo já nos deixa inclinados para essas coisas, mas no meu caso isso chega junto com a troca de idade, outro fator que sempre nos leva a reflexões mais profundas.
Posso dizer que tenho experiência nesta coisa de mudança de vida. Das que convém serem ditas, lembro que fui fumante por 15 anos e já têm 18 que parei. De beber, apesar de considerar que nunca fui um contumaz bebedor (ninguém admite isso mesmo), já se vão 5 bons anos sem álcool. Não acredito em horóscopo, mas dizem que os “capricornianos” são ávidos por mudança, pois é o signo que compreende a passagem de ano. E a principal de todas as mudanças na minha vida e a mais importante, minha conversão. Render-me a Palavra de Deus foi algo realmente edificante e que me sustenta.
Feito essa introdução toda passo a narrar sobre as reflexões e as consequentes decisões que destas tirei. Já tenho algo em torno de 150 artigos escritos acerca de diversos assuntos, divulgados por aí em alguns veículos de imprensa, mas a maioria no meu Blog mesmo (www.waldemarjunior.blogspot.com). Escrevi sempre com muita intensidade e pautado na minha verdade, que está longe de ser absoluta, não tenho essa pretensão toda, mas nunca coloquei uma linha que não acreditasse. No meu artigo “Contrapor”, escrito em julho de 2007, quando participava de um curso de Filosofia em BH, dizia da minha vontade de não querer ser o dono da verdade, de tentar impor ideias, mas sim trazer à discussão algumas questões e assuntos que são apresentados somente sob um prisma, com forte influência dos chamados donos da agenda, leia-se, parte da mídia que se julga no direito de moldar imagens e dar conceitos que nem mesmo eles têm.
Falava ainda que alguns, tentando passar uma imagem de neutralidade, tendo lado e interesse que sempre vem à tona mais tarde, muitas vezes o encobrem justamente para fazerem uma apropriação daquilo que chamam e tentam passar como “verdade”, mas que de fato visa a atender apenas seus interesses privados, especialmente os financeiros. Não estava sendo profeta, mas podemos ver como se concretizou tais fatos no pós eleição de 2008. Diante dessa primeira análise já adianto que este artigo é o último que escrevo antes da eleição municipal do ano que vem. Na verdade quero mesmo é ficar sem escrever durante todo ano de 2012. Continuar passaria a ser uma triste retórica, podendo ser visto como de intuito eleitoreiro, oportunista e sem o devido sentido de fazê-lo, que é buscar a discussão visando mudança dos fatos e não somente de pessoas, pois essa última deve ser democrática e vinda de uma decisão livre de interferência vinda da maioria dos cidadãos de um determinado lugar, neste caso, uma cidade. Longe daquilo que presenciamos há 3 anos, onde parte interessada da imprensa ($), Ministério Público (?) e outros ($ e ?) captaram espaços e mentes e tiveram papel infinitamente superior ao que honestamente deveriam ter tido, algo muito mais pessoal que propriamente profissional. Não que não tenha virado profissional depois, isso também aconteceu. Nego-me a fazer algo deste tipo, mesmo sabendo que meu alcance é muito menor, mas estaria me violentando e me equiparando ao que tanto abominei.
Digamos que em 2012 estarei curtindo um período sabático (que significa repouso, parada, descanso. Sua principal finalidade é a reavaliação da vida pessoal ou profissional. Não importa a sua duração (neste caso 12 meses no mínimo). É uma boa ferramenta para identificar as nossas forças e potencialidades, para avaliar em que condições respondemos melhor na vida e em que circunstâncias reagimos mal. Entrar nesse período, envolve um olhar retrospectivo para as nossas competências, fragilidades e potencialidades que ainda não foram mapeadas - franciscanos.org).

Neste contexto incluo também meu “face” e os mais de 1500 “amigos” que tenho por lá, assim, me despeço com um até qualquer dia, pois esse também não virará o ano. Para os íntimos, meu endereço, e-mail e telefone continuam o mesmo, e continuamos a nos encontrar e falar a moda antiga e quase antiga, e como diz aquela música do nosso cancioneiro: “chega lá em casa pra uma visitinha”, e como muitos bem sabem, sempre regada a café e pão de queijo.
“Nós devemos ser a mudança que queremos ver”
Feliz 2012... Que Deus abençoe a todos!

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