sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Antes que seja tarde

Lembro-me de uma antiga história que os Cristãos gostam de contar, que fala sobre um inusitado encontro na praia entre um garoto e um senhor. É mais ou menos assim: Num daqueles suntuosos dias de sol, do alto de seus quase 70 anos um senhor descansava tranquilamente debaixo do guarda sol lendo seu jornal. De repente se aproxima dele um menino trajando apenas calção de banho, interrompendo-o. Ao chegar bem perto o garoto pergunta: O senhor é Cristão? Um tanto surpreso com aquela indagação, ele responde: Sim, sou. Mas por quê? Em vez de responder, o garoto faz uma nova pergunta: Mas o senhor freqüenta a Igreja, ora e lê a Bíblia? Sim, respondeu novamente, ainda sem entender o motivo de todo aqueles questionamentos. E o garoto continua: E segue os ensinamentos dela? (referindo-se a Bíblia)... Diante de uma nova resposta positiva, aí ele sorri e se mostrando aliviado, finaliza aquele “interrogatório” exclamando: Nooossa... Que bom!!! Então o senhor pode guardar meu “um real” enquanto vou nadar um pouco. O menino disse isso entregando a moeda que apertava nas mãos ao senhor e se dirigiu tranquilamente para a água.
Esse tipo de história realmente deixa aquela sensação de que algo precisa urgentemente ser resgatado. A fé e a vida Cristã não podem ser apenas um “X” quando você vai preencher um formulário, ou uma resposta automática, mas sem convicção alguma, que se dá meio displicente quando se é pesquisado ou indagado sobre sua religião. Tenho pensado muito naquela passagem que fala que se o sal não salgar, ou seja, não cumprir sua função, não servirá para mais nada. Sei que nestes tempos modernos ele, o sal, ganhou cores e até virou peça de decoração, mas isso não torna sem efeito a Palavra. Muito pelo contrário, dá até mais ênfase, pois é isso mesmo, se não salgar, não serve pra nada ou vira enfeite. Uma coisa somente para ser vista. Na verdade, uma vida de aparência.
Existe um provérbio suíço que diz: “As palavras são anões; os exemplos são gigantes”, assim, cabe dizer que são os atos bem mais valiosos que os discursos. Essa história de “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”, não cabe mais. Vemos hoje carregadores de andor, freqüentadores de culto, cristãos em letras minúsculas, que mesmo conhecendo a palavra de Deus, vão vivendo uma vida de mentira, muitos tentando usar até mesmo da sua condição de frequentadores de igreja para sua promoção. Quando na Bíblia lê-se que “se o Filho vos libertar, você será verdadeiramente livre”, não há outra interpretação acerca deste senão a de que a transformação deve ser feita em Cristo e não para os homens. Será que você é alguém que aquele menino entregaria tranquilamente seu um real? Está na hora de decidir de que lado você quer estar, mesmo que no passado você esteve do lado errado. O preço que Cristo pagou na cruz foi por isso e por você.

Nenhum comentário: