segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Façam suas apostas

Uma das coisas que mais movimentam o cenário político da cidade, porém, nos bastidores, é a formação do ministério municipal, ou melhor, o primeiro escalão, que engloba as principais pastas do executivo, as de maior projeção e expressão. Nesta época a especulação fica a solta. Alguns laçam seu próprio nome pra ver se cola e decolam, outros se fazem de difícil e alguns até mesmo se declaram importantes para o resultado da eleição, isso no sentido de lembrar o futuro mandante do cargo de prefeito de que ele está ali, prontinho para assumir uma vaga.
A bolsa de apostas aponta diversos nomes para cada pasta. O ministério da árvore (precisando de um novo nome) e outros “órgãos” encarregados do disse me disse, colocam vários possíveis pretendentes, tanto no PMDB, na base de apoio, como colaboradores e até mesmo financiadores de campanha. Comecemos então o interessante exercício da especulação. Para a Controladoria temos uma acirrada disputa que envolve Telmo Aristides, Marcos Baldini e Daniel Amaral, que aparecem em pé de igualdade, segundo as fontes que nos chegam. Já na Procuradoria, os doutores Paulo Felipe, Jucilane Zaparolli e Carlos Henrique são os nomes, com ampla vantagem para o primeiro, que já vem atuando na defesa do prefeito eleito no caso das contas rejeitas. Na Secretaria de Administração o nome mais cotado é o do ex-secretário Nilton Fernandes, mas temos ainda o Gilmar (ex-Hernani e ex-Ataíde), além do Maurício “Pele Fina”, sempre muito próximo. O gabinete ainda é uma verdadeira incógnita, pergunta-se se o prefeito eleito teria a coragem de nomear o mesmo do último mandato, seu filho Erick. Além desse, outros ex-Chefes de Gabinete aparecem na lista, Athos Esper e Márcio Nogueira (concunhado, para quem não se lembra, ex-Tarimba Country Club).
Nas secretarias propriamente ditas, comecemos pela importantíssima Educação. Com nomes como os de Dona Orlanda e Cristina Pinheiro nos dois primeiros mandatos, a responsabilidade é grande. Surge então uma grande disputa com pelo menos quatro nomes: Hélvio Maia (ex-diretor do Ataíde), Zineti, Rosa Beraldo e Auro Maia. E a luta continua... companheiros. No Planejamento dois pesos pesados, o Dr. Jairo Roberto pode aparecer, o que soaria como um pedido público de desculpa, ante a forma como foi colocado para fora anos atrás, mas tem-se falado também numa possível volta de Roque Piantino (ex-Nelson Maia).
Talvez a disputa mais sensacional com lances que remonta a história esteja na Secretaria de Agricultura e Pecuária, onde os primos Alexandre Maia e João Carlos Caixeta (também ex-Ataíde) dividem espaço com o um outro ex, Temo Santiago, que veladamente é tido dentro do partido como uma das decepções do último mandato, compensando isso com muita proximidade aos eleitos. Para Alexandre essa seria a derradeira chance, depois de não emplacar nada na esfera federal e também na estadual, ser renegado na municipal seria mais complicado de explicar que a frustrada aventura pela “Nilza”. Diante de um possível não aproveitamento do Caixeta na Agricultura, o nome de sua mulher, Carla Caixeta (assim como o marido também ex-diretora do Ataíde) poderia aparecer na Secretaria de Assistência Social, mas lá ela estaria disputando a vaga com ninguém menos que Alexandre Dentista e Gilberto Ribeiro.
A sempre badalada Secretaria da Saúde talvez seja a mais complicada equação a ser resolvida, os doutores Nilo Parreira Jr., Luiz Carlos Lima Reis e Fabian Lemos (genro do Nilmário Miranda) aparecem num empate técnico, sendo essa escolha de suma importância para o futuro governo, pois depois da ação do Ministério Público que representou uns 90%, a saúde com mais ou menos 5% foi o que mais influenciou na eleição. A Sictur (indústria, comércio e turismo) é muito pouco falada, mas não devia ser assim. Dessa forma, o nome de Renatinho Ourives aparece como forma de apaziguar uma bem possível não escolha do seu irmão na Secretaria de Saúde, deixando para trás o de Netinho do Leodor, mas fala-se também que pode pintar uma surpresa nesta pasta. No “Obras” têm-se os nomes de Toninho Pastor e Osório, ex-diretor e ex-secretário respectivamente, mas uma indicação do arquiteto César Tadeu Elias ou outro qualquer do Núcleo dos Arquitetos não está de todo descartada. Comenta-se que seria uma forma de ganhar espaço na mídia... Seria inteligente e oportuno... No “autônomo” SAAE, os colegas de trabalho Paulinho, Ângela, Rosa e Abelardo podem herdar o cargo de diretor, segundo informações vindas da Praça da Matriz. Barbada mesmo só na Secretaria de Fazenda, é Domicílio ou quem ele indicar.
Outros dois lugares, que apesar de não terem status de secretaria, que apresentam uma boa disputa são: o Departamento de Esporte, que têm o Samir, o Cláudio (Bolão) e o bem votado Nardão; e a Assessoria de Imprensa onde aparecem Ezinho Joeli, Marcos Lopes, José Carlos Kallas e Durval como “pretendentes”. No importante Departamento de Compras dizem por aí que não tem disputa, afinal, time que “ganha” não se mexe. Para encerrar vejo que uma constatação é muito simples, surpresas serão muito bem vindas. E aos que não forem convidados dois são os caminhos a serem seguidos. O primeiro é o de aceitar um possível desvio de função ou ficar nos escalões inferiores, o que para quem está chegando é aceitável, mas para quem já foi secretário é meio esquisito. Podem também fazer uso da estratégia ensinada por Tancredo Neves, digam que foram convidados e que não aceitaram. Expediente que já vem sendo usado por alguns.

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