quinta-feira, 6 de novembro de 2008

De volta para o passado

Na década de 70 e começo dos anos 80 existiam dois dispositivos de Trânsito que eram amplamente difundidos e usados de forma indiscriminada, sem nenhum critério técnico, estamos falando de quebra-molas e semáforos. Davam as cidades um pseudo ar de grandeza, mas sabem como é, prefeitos do interior adoram estas coisas. Mas será que essa moda voltou? Mesmo existindo hoje em dia uma série de dispositivos de controle de velocidade, na Philadelphia (Estados Unidos) existe até quebra molas virtual, por aqui estamos vendo a volta, depois de mais de uma década sem a construção de nenhum, dos quebra-molas. Tivemos também a implantação de semáforo obsoleto (leia-se esquina do Tula).
Isso me fez lembrar de uma piada sobre um Prefeito que ganhou certa quantidade de asfalto do governador, porém este, não queria que o mesmo contasse aos demais alcaides, então pediu: não “esparrama”. O prefeito do interior cumpriu a risca, fez uns quebra-molas com o asfalto. Realmente não esparramou, mas deveria, aqui em Passos também. Talvez na Avenida Arouca, na Perimetral...
Confirmando que o Código Brasileiro de Trânsito recomenda a implantação de redutores de velocidade somente em última instância, ainda sim apenas desses dois modelos: Tipo 1, com comprimento de 1,5m e altura de até 0,08cm e, tipo 2, com 3,7m de comprimento e 0,10cm de altura. Ambos devem ter largura igual à pista, mantendo-se as condições de drenagem superficial. Nas vias em que trafegam ônibus e veículos pesados, as ondulações não podem ultrapassar a altura de 8 centímetros.
As críticas à implantação de redutores na cidade são feitas com base na interpretação do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). A questão é simples, o código só permite a implantação desde que haja estudos de engenharia de tráfego e acompanhamento posterior. Quem argumenta em defesa dos quebra-molas, equipamento de segurança de trânsito mais barato, o considera imprescindível para a legítima defesa dos pedestres, com o discurso de que o carro não é o mais importante, dizendo ser uma valorização da vida dos transeuntes. Ora, pois, mais fácil do que fiscalizar e educar é mesmo... e joguemos o CTB e suas resoluções no lixo.

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