domingo, 6 de janeiro de 2008

Acertando os números

A mídia em geral (jornais/revistas/televisão/internet), além dos intelectuais e os articulistas de plantão, adoram falar sobre crescimento e desenvolvimento. Nos últimos anos é um dos temas mais abordados. Não se fala em outra coisa se não no desenvolvimento do país, seu crescimento, agora então com a tabulação do trabalho executado pelo IBGE, serão matérias que não acabam mais. Contudo, quando estamos nos referindo ao País ou a cidades, pensar só em crescimento é algo quase que totalmente ultrapassado, a palavra de ordem é desenvolvimento.
Os termos desenvolvimento e crescimento são muitas vezes trabalhados como sinônimos e geralmente são mesmos. Porém, quando o assunto se refere à vida, ou condição dessas, mesmo que estejamos nos referindo ao lugar onde se vive esses dois termos não tem a mesma dimensão, devendo ter seus significados usados distintamente. Podemos simplificar o que foi dito anteriormente da seguinte forma: “Desenvolvimento é mudança qualitativa. Crescimento é mudança quantitativa. Os dois estão intimamente vinculados, mas não são a mesma coisa”.
Um modelo sempre usado para melhor explicar isso é a economia. Por exemplo, crescimento é quando a economia do país cresce, ou seja, seu Produto Interno Bruto, comparado ao ano anterior aumenta em termos percentuais. Isto não equivale dizer que houve desenvolvimento, pois isso só ocorre se este passou a dominar tecnologias de ponta, ou se as suas indústrias se atualizaram, coisas desse tipo. Também o povo, obrigatoriamente deverá ter uma vida mais digna, sendo isso decorrente de uma melhor estrutura, só assim pode se falar em desenvolvimento. Deve ficar claro que um não é a causa do outro, ou melhor, o crescimento pode ser, em certas circunstâncias, um reflexo do desenvolvimento. Ele pode existir sem o desenvolvimento, mas nunca o contrário. Desenvolvimento envolve uma coisa pensada, estrategicamente planejada, com acompanhamento sistemático, sempre muito bem avaliado. Então, não nos deixemos iludir e pensar num crescimento tão somente, o grande diferencial está em se desenvolver.
Contudo, aqui em Passos, ocorreu um momento em que foi preciso crescer, por uma questão de necessidade. O episódio do censo feito pelo IBGE serve para ilustrar e mostrar a falta de compromisso de alguns. Ao invés de ajudar e ter a responsabilidade que o caso merecia, parte da nossa imprensa preferiu as piadinhas, numa clara torcida para que a cidade não atingisse os 102 mil habitantes, importante por questões de repasse de verbas. A sempre afoita e despreparada parte da mídia local, que para parecer ágil na informação, muitas vezes atropela a razão e o bom senso, isto para contemporizar, pois alguns fatos que presenciamos são mesmo é uma total falta de compromisso com a verdade e com a cidade, preferiu as notinhas de sacarmos. Porém, para a tristeza dos mesmos, o trabalho sério desenvolvido deu resultado e o objetivo foi alcançado.
Antes de terminar, já que o assunto me permite, queria corrigir uma informação vinculada na semana anterior na mesma desatualizada parte da imprensa local, pois fui muito perguntado a respeito. Foi dito que o número de veículos no município era algo em torno de 32 mil, então, venho aqui retificar essa informação e atualizar esses que teimam sempre em diminuir os números e a importância do nosso município. O número de veículos registrados em Passos passa a casa dos 38 mil, para ser mais exato, até a presente data são 38.106, com a incrível marca de 30% de motos e similares. Mas fica uma triste constatação, parece que essa idéia constante de tentar diminuir a importância da nossa cidade não é uma coisa casual, é algo planejado por algumas pessoas que só enxergam seus interesses particulares. Pode também ser uma tentativa de explicar a diminuição dos seus próprios números, pois como todos sabem, esses caem na mesma proporção que a sua credibilidade.

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