domingo, 6 de janeiro de 2008

Rotativo a serviço da cidade

Assim como carros no centro da cidade, idéias também não podem ficar estacionadas por muito tempo, então, o artigo de hoje muda um pouco de estilo, sem, contudo, perder o foco de fomentar debates, vislumbra de forma mais efetiva a viabilização de algo que entendo ser uma maneira de “matar dois, ou mais coelhos com um tiro só”. Assistindo o crescimento diário do problema de estacionamento na região central, agravado e muito pela falta de rotatividade, pois vagas existem, pois praticamente em toda a região comercial é permitido estacionar, contudo, o rodízio de veículos inexiste em Passos, entendemos que está na hora de fazermos uma escolha. Ou agimos com inteligência e sabedoria, permitindo que isso seja revertido para a própria cidade, com uma área azul voltada à assistência social organizada, ou em breve teremos os chamados “flanelinhas” atuando por aqui, criando aquilo que já conhecemos muitos bem, o controle paralelo onde há omissão do poder público.
A lei n° 1.883/93 autoriza a exploração de área azul pela Sociedade de Assistência ao Menor de Passos – Samp. Para quem não tem o prazer de conhecer, vale dizer que a Samp executa um lindo trabalho há décadas em nossa cidade. Formada por homens e mulheres abnegados, tem na área azul praticamente toda a sua fonte de renda. A nossa proposta de uma nova área azul (rotativo) manteria o atual domínio que esta entidade possui na região central, contudo, diante de uma nova postura de fiscalização, a ser feita pelo poder público, com a criação de alguns poucos cargos de fiscais (agentes) de trânsito, de uma campanha efetiva formalizando a obrigatoriedade e vantagens do estacionamento rotativo, posso garantir que dobraria a atual arrecadação da Samp, possibilitando a melhoria, se isto é possível, quiçá a sua ampliação, que seria uma benção para nossa cidade.
Outra medida é a expansão da área azul da região central, já definida pelo decreto 424/2003. Estes novos locais seriam entregues a uma outra instituição, com fins semelhantes ao da Samp, como por exemplo, o não menos competente Capp (Centro de Aprendizagem Pró-menor de Passos), que se abre para uma nova fase como podemos notar. O entorno da Santa Casa e a Av. da Moda (trecho da Av. Com. Francisco Avelino Maia que vai do encontro desta com a Av. Arlindo Figueiredo até o seu final) teria um rotativo diferenciado no que tange ao tempo, com o cartão sendo de duas horas, oferecidos nos comércios destas regiões, o que atenderia melhor o seu intuito e o usuário. Como beneficiário deste recurso, que são significativos, seria justo se tivermos o Hospital do Câncer da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Num primeiro momento estaria servindo a construção e posteriormente na manutenção deste, uma contribuição significativa que o município, através da sua administração estaria dando, atendendo ao chamado regional.
As perguntas deixadas num artigo anterior (Onde queremos chegar? E depois, aonde vamos parar?), com as ações levantadas aqui, já poderiam começar a serem respondidas, ou seja, queremos ser uma cidade mais humana, onde as pessoas participam de forma concreta da assistência e do aprendizado do menor carente e da vida de seu hospital. Almejamos poder parar numa nova área azul, mais eficiente e que cumpra suas finalidades: a rotatividade e o suporte financeiro às entidades de serviços comprovadamente relevantes. Azul, do céu e do mar, a cor que representa paz de espírito e segurança, além de tranqüilidade, harmonia e saúde, nos parece ter tudo a ver, não é mesmo?
"O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente." Gandhi.

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