Mas afinal, o que seria essa tal inclusão escolar?
Trata-se de um movimento mundial, oriundo da luta dos familiares de pessoas com deficiências na busca dos seus direitos e lugar na sociedade, a garantir o desenvolvimento dos seus que necessitam de uma educação inclusiva.
Na busca de dados a respeito desse assunto, descobri que no Brasil o poder público praticamente ignora a inclusão escolar, hoje apenas 50% é feita através da união, estados ou municípios, a outra metade está toda na rede particular de ensino. Estudo publicado pela Universidade de Brasília (UnB) comprova que o preconceito dificulta ou, até mesmo, tende a inviabilizar o processo de inclusão escolar das crianças e jovens portadores de necessidades especiais.
A inclusão com qualidade para todos os alunos exige da escola novos posicionamentos e é um motivo provocador da modernização e do aperfeiçoamento constante dos professores. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria das redes de ensino e das escolas de um modo geral, portanto, a palavra fundamental é atitude.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta na valorização da diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade e uma realidade do nosso País, talvez a mais bela de todas. Partindo desse princípio e tendo como horizonte os Direitos Humanos e a Ética, vê-se assim a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, independentemente das peculiaridades de cada um.
Propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular, as tentativas de inclusão vêm ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado, assim, devido a todas as dificuldades e desafios a enfrentar, muitas escolas acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.
“Reparai: (...) entre o semeador e o que semeia a muita diferença: (...) o semeador e o pregador é o nome, o que semeia e o que prega é a ação; e as ações são o que dão o ser ao pregador. Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo... Palavras sem obras são tiros sem balas, atroam mais não ferem. O pregar que é falar, faz-se com a boca, o pregar que é semear faz-se com as mãos. Para falar ao vento, bastam palavras... para falar ao coração, são necessárias obras”. Pe. Antonio Vieira.
Contudo, em Passos, no Colégio Del Rey, capitaneada por Dona Orlanda e com o engajamento de toda a equipe, a inclusão escolar já é uma realidade. Além do compromisso técnico-científico com a aprendizagem, com a educação de qualidade, a escola tem também na formação ética um dos seus pilares, o que lhe proporciona a condição de desenvolver com tranqüilidade a inclusão escolar, pois, sendo assim, o aluno Del Rey está perfeitamente apto participar dessa troca.
“As pessoas influenciam-nos, as vozes comovem-nos, os livros
convencem-nos, os feitos entusiasmam-nos”. John Henry Newman
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