domingo, 6 de janeiro de 2008

Salmo 140

As palavras política e polícia, apesar da aparente dicotomia, têm a mesma origem etimológica, a palavra grega polis, que significa "cidade". No latim recebeu a grafia politia, derivando então para o português com o vernáculo polícia, essa proximidade entre as palavras política e polícia vem da Idade Média. Então não sei se entendo o fato que vou narrar como sendo um caso tão somente de política ou de polícia mesmo. Aonde chegou, há de haver um basta. “Hei medo, eu não te escuto mais, você não me leva a nada...”.
Anteontem pela manhã (quarta-19/09/07), ficamos novamente surpresos, pelo segundo dia consecutivo, desta feita ao ver o nome do meu pai publicado na Folha da Manhã, como sendo um dos investigados pela operação realizada pelo MP. Não pelo fato de que alguém não possa ser investigado, pois até que se prove o contrário, todo mundo é inocente, mas pelo que ocorrera no dia anterior, pois ninguém o procurou mesmo estando ele na Câmara Municipal o tempo todo. Não lhe foi solicitado nada, nem mesmo estiveram na sua sala, então de onde poderia vir a afirmação contida no diário? E uma segunda pergunta intrigava ainda mais: se como foi declarado na reportagem que tudo era sigiloso, de onde tiraram os nomes citados?
Um sério jornalista de TV que atua em Passos nos relatou que em conversa com o Procurador Evandro Senra Delgado, chefe da operação realizada na cidade, esse afirmou que são 17 as pessoas investigadas, sendo ainda que o nome de Waldemar Ribeiro não fazia parte. Por telefone, o próprio Dr. Evandro confirmou isso ao meu pai. Nenhum alento ou tranqüilidade, pois a mesma nunca fora perdida, a questão aqui é outra.
Nunca acreditei totalmente na história que um político de Cássia me contou anos atrás, sobre o motivo do ódio que o Sr. Carlos Parreira, da Folha da Manhã, nutri pelo meu pai, Waldemar Ribeiro. Não podia crer que um homem tão inteligente (pena que quase sempre a utiliza para o mal) podia levar a sério aquela história de que Waldemar e Neif seriam os responsáveis pela negativa do BDMG em lhe conferir um empréstimo. Ainda mais porque o benevolente BB lhe “concedeu” outro na mesma época, segundo reportagem do jornal que é sócio, muito bom, daqueles a perder de vista, com carência pra lá de generosa. A forma leviana que o “tablóide” trata as questões relacionadas ao nome do meu pai é que já passou do limite.
Esse ódio doentio já rendeu demais, desta vez foi mais sério que suas costumeiras incursões maledicentes no infame “informes”. Contudo, quero deixar claro aqui que enquanto viver farei de tudo para que não seja feito com meu pai o que se fez com o saudoso Neif Jabur. Pois tendo esse sido um dos maiores políticos dessa terra, o que pode ser facilmente comprovado numa rápida visita em nossas escolas estaduais, a maioria delas tem o trabalho do Neif gravado, foi perseguido pela Folha até próximo da sua morte. Sei que minha luta é dura, pois a imprensa, principalmente esse tipo, é apoiada pelo medo que impõe, pela troca de favores que oferece (alguns colunistas e articulistas - não todos, mas um tanto bom) e uma lei omissa nos casos que envolvem meios de comunicação. Vou repetir o poema de Eduardo Alves da Costa como num grito, mas sem perder o foco e a razão. “Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história. Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer mais nada”.
Voltando aos fatos, esses vêm novamente ferir preceitos básicos do Código de Ética do profissional de imprensa. “O jornalista deve: a) ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas, objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas; b) tratar com respeito a todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar”. Mas como falar em ética a alguns jornalistas, quando o padrão que os mesmos têm é o de alguém que lhes desconta o INSS e não recolhe como devia, isso é tarefa inglória. Por isso, Ênio, Adriana e etc., vocês estão por mim perdoados, o que lhes pode ser insignificante, mas me deixa em paz.
“Livrai-me Senhor dos maus, protege-me dos violentos, que no coração tramam planos perversos e estão sempre provocando guerra. Afiam a língua como a da serpente; veneno de víbora está em seus lábios. Protege-me, Senhor, das mãos dos ímpios; ...” Salmo 140.

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