domingo, 6 de janeiro de 2008

Presente

Vou falar hoje sobre a palavra presente, mas precisamente de dois dos seus vários significados. Um deles se refere a algo que ganhamos, em retribuição ou lembrança, podendo ser em razão de alguma data especial ou não. A maioria das pessoas adora receber, outros se satisfazem mais em dar, eu sou do tipo que prefere presentear a ser presenteado. O outro sentido da palavra título desse artigo, o qual quero me referir, diz respeito à época (o tempo presente), o agora.
Aproveitando a data comemorativa, aniversário da nossa querida Passos, falando em presente e esses seus dois significados, façamos uma análise crítica em relação a esse 14 de maio, o do 149° aniversário da emancipação política de nossa cidade. Como ouvi dias atrás, desde a construção do trevo de Passos, nossa cidade não recebia nenhuma obra importante, isto até a inauguração da nova rodoviária. Porém, sentimos algumas pessoas com dificuldade em receber esse e outros “presentes”, no meu entender, até mais importantes. Seja desmerecendo-os, seja tentando desvincula-los do trabalho do Prefeito e da Administração Municipal, despejam suas frustrações e incompetências de outrora em artigos ou “notinhas”. Ora, ninguém aqui é tolo o suficiente para pensar que o governador acordou certo dia pela manhã e disse: hoje vou mandar fazer uma rodoviária nova na cidade de Passos. Afinal de contas, não sei se felizmente ou infelizmente, ele nunca veio a Passos de ônibus.
Quanto ao presente, no sentido de tempo, que se localiza exatamente entre o passado (reza o dito popular que “quem vive dele é museu”) e o futuro (que a “Deus pertence”, diz outro ditado), do qual discordo um pouco em ambos os casos, pois a Deus tudo pertence, toda a glória, passado e presente e não só o futuro, além de que, uma boa compreensão do passado, um olhar crítico sobre os erros e acertos, sempre nos ajuda. Entender o presente de nossa cidade e tudo o que está acontecendo nos livrará de cometermos erros que praticamos nas urnas num passado não muito distante e que nos levou ao isolamento, que ora findamos.
Deixemos essa prematura e desenfreada ação política (politiqueira), tentativa desesperada de voltar à mídia, escancarando a necessidade de alguns em não conseguirem viver longe do poder, pois só lhes restam as pequenas lides ou rebanhar uns poucos, como podemos ver na pífia manifestação “popular” do último dia 10. Nem mesmo a presença de quem estava na feira ajudou, faltou o povo entre as faixas, o mesmo povo que anda por toda a cidade e vê o trabalho acontecendo. A população mais necessitada de nossa terra sabe claramente que obras como as casas populares, Pronto Socorro, Terminal de Transporte Coletivo, Rodoviária, dentre outras tantas, são obras que atingem diretamente as pessoas mais simples da nossa população.
Que o rancor de alguns que se dizem amantes (deve ser no sentido pejorativo) de Passos e que não conseguem separar a ordem da política e a ordem do espírito, não estraguem essa prazerosa sensação de vermos Passos de novo sendo agraciada, não só por obras, presentes, nossos por direito e que o trabalho do nosso prefeito neste sentido se fez entender, mas também pela presença do governador em nossa cidade, sem a premissa de vir tão somente para pedir os votos da nossa gente.
Depois de mais de uma década, a presença do governador e, principalmente, das ações governamentais do estado em nossa cidade, tais como o acordo que o Governo do Estado fez com o Grupo Itaiquara, possibilitando a produção de álcool na Usina (maior que a própria Rodoviária e a construção do novo Fórum), nos devolve a importância perdida, uma distinção que praticamente todos acreditávamos que a cidade não mais possuía. É a cidade de Passos voltando ao mapa político de Minas Gerais.

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