domingo, 6 de janeiro de 2008

Desinformação ou má-fé?

Torna-se cada vez mais difícil acompanhar o volume de informações que nos chega diariamente, sobretudo nesta era da internet. Realmente é impossível conhecer e saber de tudo, de todos os assuntos, muito pelo contrário. Porém, existem algumas pessoas que, devido a sua posição, ocupação e o uso que faz das informações que lhes chegam, sendo vetor, devem ter um cuidado especial e respeito quando forem tratar de determinados assuntos, isto pode ser chamado de ética. Em alguns assuntos mundanos, quando tratados por indivíduos que ocupam locais sagrados como altar religioso, púlpito, ou ainda, que estão à frente de uma sala de aula, esses protagonistas não podem se dar ao luxo de usar da falta de informação ou de uma única fonte somente, como sendo essa fidedigna, e o que é pior ainda, retransmitir isso sem o cuidado que alguns assuntos merecem, pois essa forma de agir se chama leviandade.
Quem me conhece sabe muito bem que sempre procuro me inteirar dos assuntos do qual falo e principalmente que escrevo, entretanto, não tenho o menor problema em discutir sobre assuntos (particularmente até gosto) polêmicos, e o nepotismo é um desses. Alguns “entendidos” evitam o embate de frente, usando somente do canal que lhes é exclusivo e assim, podem tentar fazer valer a sua retórica oportunista. Compreendo também que muitos não conseguem acompanhar e entender o verdadeiro sentido da coisa, sofrendo ainda do fato de estarem sob a luz, ou falta dela, de viver numa cidade onde parte da informação transmitida é totalmente antiética e que chega as vias da insensatez e da falta de caráter. Assim, com certeza, são esses presas fáceis da mais perniciosa e doentia mídia que se tem notícia, que não tendo assunto para se manter diária, funciona como um disco riscado, visando somente aquilo que lhe dá mais prazer, que é a mentira e, usar e abusar da inocência de pseudos instruídos.
Peço licença para fazer uso de um trecho extraído do artigo “Novos Tempos”, de minha própria autoria, reafirmando assim a opinião que tenho sobre o assunto nepotismo, como sendo, no meu entendimento, a maneira correta de agir e assim exterminar o oportunismo político que o assunto gera: “A criação de uma política explícita para a alocação de cargos de comissão, tornando públicas e claras as diretrizes sobre a contratação de cargos comissionados, os chamados cargos de confiança. Tornar obrigatório aos indicados a cargo de comissão a apresentação de Curriculum Vitae, para análise por uma comissão com a participação de representantes de entidades de classe, Ministério Público e etc. Criar-se-ia ainda o instituto da sabatina (discussão/debate/questionamento) para os postulantes a cargos técnicos, aberta à população e sendo conduzida pela Câmara Municipal... Por falar em câmara, aos vereadores, vejo a necessidade de que seus assessores tivessem formação superior na área do Direito (exceto dos Edis que fossem advogados). Somente a criação desses critérios já eliminaria todo e qualquer aventureiro, porém, isto não impede que outras idéias não possam também emergir” (Correio dos Lagos - 28/05/07). Contudo, continuo afirmando que isso não interessa a quase ninguém, pois para uns seria o fim do palanque e para outros a impossibilidade de se alocarem pós eleições, única coisa que realmente vislumbram, o famigerado “poder”, se soubessem que o verdadeiro não vem dos homens...
Se isto fosse aplicado, seria o fim do nepotismo na sua real acepção, que é quando um funcionário é promovido por ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e merecedoras da promoção. De certo isso atingiria também o favoritismo e o nePTismo, outros dois promíscuos institutos. O primeiro diz respeito não a relações de parentesco, mas outras formas quaisquer de afetividade, sabendo nós que existem afinidades mais intensas mesmo que as familiares, algumas até escusas. O outro, o nePTismo, que assim como o favoritismo e o nepotismo, usa do mesmo expediente para abrigar seus correligionários, sob a alcunha de “companheiros”, que com o dízimo pago ao partido, nada mais é que uma forma do dinheiro público financiar a legenda. Reafirmo novamente que isto vai ficar somente por aqui, pois como já disse inúmeras vezes, não interessa a nenhuma das partes envolvidas. Prometo que só volto a esse assunto se provocado (no bom ou no mal sentido), caso contrário, pra mim basta, pois a verdade não vai tardar em aparecer.
"A franqueza não consiste em dizer o que se pensa, mas pensar no que se diz”. Victor Hugo

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