domingo, 6 de janeiro de 2008

Campeoníssimo

Na seção ‘informes’ do jornal folha da manhã, também conhecida como “infames”, no dia 03 de junho, escreveu o autor da mesma, que segundo informações é o próprio dono do jornal, Sr. Carlos Parreira: “Os vereadores Cláudio Félix e Waldemar Ribeiro não são apenas os “campeoníssimos” do nepotismo em Passos, como lembra o Ministério Público Estadual. Concorrem também ao título de infidelidade partidária”.
Não vou falar em nome dos dois vereadores, afinal de contas, mesmo conhecendo bem o Cláudio, sabendo se tratar de um excelente médico, pai de família exemplar, ótimo filho, não tenho procuração para fazê-lo, assim deixo aos seus ou a ele próprio responder, ou não, às vezes nem merece mesmo resposta. Mas em relação ao outro vereador citado, Waldemar Ribeiro, no papel de filho e de quem o conhece há tanto tempo, me sinto na obrigação de escrever, como sempre o farei, afinal de contas, no que tange também a imprensa escrita, não mais vivemos no perigoso estado de monopólio.
Infidelidade é “a qualidade do infiel”, que por sua vez significa “desleal, inverídico, pagão”. Mesmo sabendo que o articulista da seção citada é letrado neste assunto, com certeza se deixou levar somente pela maldade, esquecendo que infidelidade pressupõe compromisso vigente. Não há como falar desta na relação Waldemar e PMDB, pois enquanto esteve neste partido, sempre honrou e trabalhou por ele, porém, depois de filiado ao PSDB, não mais devia fidelidade à legenda, óbvio demais não é mesmo. Diante disso, somente por ter trocado de partido uma única vez nos mais de 40 anos de vida pública, alguém em juízo normal acredita mesmo que uma pessoa assim pode ser chamada de “campeoníssimo” em infidelidade.
O autor também usa do Ministério Público para tentar dar credibilidade a sua maledicência, numa clara aceitação de que não a possui mais. Em suas “reportagens” políticas, sempre assinadas por uma jornalista “free lancer”, o que também mostra a grande credibilidade que possui no próprio meio, para dizer que existem cinco pessoas ligadas por parentesco ao vereador Waldemar Ribeiro trabalhando junto ao poder público, e assim destilar o seu habitual veneno contra o mesmo, vem usando os nomes de funcionários concursados com mais de 10 anos de prefeitura. Um desses é ainda parente por afinidade, ou seja, sendo sobrinho, fere claramente o que rege o Código Civil no Art.1.595, § 1°, num “erro” até certo ponto ridículo. Um terceiro, o ex-vereador Jose Luiz Ribeiro, atual Secretário de Agricultura, apesar deste realmente ser primo de Waldemar, não tem e nunca teve nenhuma ligação política com o mesmo. Somente quem nunca morou em Passos para não saber disso, chega a ser hilário essa colocação.
Assim, na lista “tão bem” elaborada para atender ao plano arquitetado, restou o cargo de Assessor Parlamentar (único, de confiança e livre escolha de cada vereador) e uma sobrinha que trabalha num cargo de terceiro ou quarto escalão na prefeitura, ou seja, um no legislativo e outro no executivo. Desculpe-me a falta de modéstia, mas um vereador “campeoníssimo” como Waldemar, se um dia fosse passar a atuar como pensa o autor dessas infâmias, e logicamente o faz porque é capaz de agir assim, esse seria bem mais caro, tamanha sua importância na Câmara Municipal.
Estou usando a expressão “campeoníssimo” como título deste artigo, criada pelo próprio Carlos Parreira, pois realmente descreve muito bem a carreira vitoriosa de Waldemar Ribeiro. Nove eleições para vereador, três vezes eleito presidente da câmara, maior votação proporcional da história do legislativo passense (difícil de ser batida), isso sem falar noutros tantos títulos conquistados na sua vida pessoal. O sapateiro que estudou, fez faculdade, homem religioso, engajado em todas as lutas em prol da nossa cidade nas últimas quatro décadas, exemplo vivo, um campeoníssimo mesmo. Nem gostaria de me ater naquilo que entendo ser obrigações inerentes a todo homem de bem, como a retidão no pagamento de seus impostos e obrigações, respeito à esposa, à família e coisas desse tipo. Parece-nos claro, principalmente pela forma como age e no desrespeito que nutre pela instituição família, e isso não só em relação a minha, mas pelas manchetes e fotos estampadas no seu diário, como podemos presenciar novamente nestes últimos dias, não respeita ninguém, nem mesmo a dor do próximo.
Cabe lembrar aqui a todos aqueles que compactuam com a mentira, seja direta ou indiretamente, visando tão somente os seus interesses particulares, que esses também estão transgredindo a conduta ética e moral. Finalizando, sempre é bom lembrar que o dinheiro devido ao INSS, com agravante de já ter sido descontado do trabalhador, juntamente com empréstimos feitos a instituições financeiras públicas, como por exemplo, o Banco do Brasil, não pagos, também devem ser incluídos como desvio de dinheiro público.
A frase de Saramago, “quem governa o mundo é o dinheiro” pode até ser verdade,
mas nada foge a Deus, "Ele é O invisível evidente” (VH).

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